terça-feira, 10 de março de 2015

O QUE IMPORTA É PAGARMOS




A afim de preservar a natureza e salvaguardar o problema do meio ambiental de grande relevo, (para o futuro de todos nós, em especial dos nosso netos), e por se considerar que o elevado número de sacos de plásticos produzidos e consumidos constitui um grave problema ambiental, nomeadamente a nível da acumulação de resíduos de plásticos nos ecossistemas, foi criado, pela Lei n.º82 – D/2014 de 31 de Dezembro, que por Despacho n.º 850-A/2015, aprovado em Diário da República, 2ª. série – N.º.18 – 27 de Janeiro de 2015, por parte do Ministério das Finanças e do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Gabinetes da Ministra de Estado e das Finanças e do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, foi criado o citado decreto do “saquinho de plástico”…bla…bla…bla…
Como tal e para conclusão e resumir, (o mais possível este texto), e de uma forma muito pratica, aliás mais pratico ainda para este (des)governo, vir a sacar descaradamente e de uma  forma muito pratica e muito manhosa, mais uns milhões de euros aos contribuintes e para todos aqueles mais distraídos e que não se previnem devidamente a tempo quando vão às compras e não levem a “alcofa” na mão, para quando tiverem necessidades de irem aos supermercados ou outros estabelecimentos similares e que queiram utilizar o “saquinho” de plástico, ficam desde sujeitos ao pagamento por cada saco de plástico de 0,10 cêntimos, já com o acréscimo do devido IVA, que é muito importante, nesta coisa de impostos, e sabe bem ao Estado.
No entanto os contribuintes pagadores dos tais 0,10 cêntimos, por cada saco de plástico, adquirido nas suas compras, já não é preocupação, nem para o Estado nem para o problema do meio ambiente, o que é necessário são taxas para o(s) (des)governo(s), engordarem os seus cofres. E, então tudo fica bem e está bem e perdoado.
Faz-me lembrar, e já que estamos em tempo da quaresma, em que a Santa Sé, apela à meditação e abstinência e que não se deve comer carne e aconselha ao jejum durante todas as sextas-feiras deste período. Mas se pagarmos a chamada bula da quaresma…estamos assim igualmente perdoados.
E assim estamos todos perdoados, e podemos comer carne às sextas-feiras, por outro lado, não temos problemas com o meio ambiente, na questão dos "saquinhos de plástico". O que é preciso é pagarmos.

(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 45484 do Diário de Notícias da Madeira de 
  15 de Março de 2015)

Mário da Silva Jesus

1 comentário:

  1. Na realidade, a ganância, o saque sobre o cidadão desprotegido, apresenta-se das mais diversas formas. Mudam os tempos, mudam-se os métodos, mas a gula dos que têm algum poder não muda, e apresenta-se com novas fardas.

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