É do senso comum que não existem homens
perfeitos, contudo há alguns que se esforçam por serem sérios, verdadeiros,
conscienciosamente honrados, cumpridores dos seus deveres para com a sociedade,
ter respeito pelos outros valorizando-os como iguais.( Estes são os palermas da
sociedade). Há outros, 80%, que se esforçam em enganar o próximo, só olhar para
o seu umbigo, passar por cima de tudo e de todos para alcançar os seus fins
egoístas e alimentar o seu egocentrismo, convencendo-se que são as pessoas mais
importantes e poderosas do seu circulo e arredores. ( Estes são os espertos,
porque me recuso a considera-los inteligentes.).
Então vejamos:
- Um homem imperfeito que governou o país
está preso por suspeitas de corrupção, ainda não confirmadas em tribunal,
praticadas, segundo se diz, em seu proveito próprio, mas em desfavor de grandes
empresas ou grandes negócios privados, já que não consta ter burlado o estado,
e não prejudicou os contribuintes ou os dependentes da segurança social ou
reformados antigos ou atuais.
É proibido viver acima do que
alguns entendem ser as sua possibilidades sem ser corrupto.
- Outro homem imperfeito, nascido e criado em
berço de ouro “sem invejar a sua sorte”e assumindo de viva voz a sua
imperfeição, continua, como nada tivesse acontecido, a desgovernar o país,
assumindo que deliberadamente fugiu ou esquivou-se ás suas responsabilidades de
contribuinte para a segurança social durante vários anos, alegando desconhecer
a lei geral, quando anda desde adolescente na politica em cargos e posições ou
pelouros que, por princípio, deveriam obrigar no mínimo, a saber de cor a
constituição da republica portuguesa e das leis que regem a sociedade aprovadas
num parlamento do qual fez parte assiduamente. A sua imperfeição ainda não
atingiu o limiar da ética e da honra que o fazem manter no cargo e não ter
vergonha de ter omitido, de não cumprir o que exige com vigor das leis e das
palavras que profere aos que menos podem, e a quem jurou lealdade e
transparência de actos e opiniões.
- Ainda outro homem que representa o vértice
da pirâmide social de um país democrático, ao qual jurou cumprir e fazer
cumprir as leis da republica com ética, honra, respeito pela palavra dada,
assumindo o seu papel de defensor de todos, mas principalmente dos mais
desfavorecidos ou que não têm voz, parece ter dois pesos e duas medidas
distintas, conforme a conveniência ou gostos mais ou menos assumidos para com
cada um dos protagonistas. Vejamos:
A) – Para um, preso por suspeitas sem
acusação formada e efectivada pelo tribunal, ainda não manifestou a sua opinião pelo menos na defesa
da presunção de inocência a que qualquer cidadão tem direito. Todos sabemos que
este cidadão não é um cidadão qualquer pelo seu passado politico, assim como o
sr, presidente não vai deixar de ser um cidadão reconhecido mas galerias do
estado pelo seu passado politico( quer se goste ou não) e passar a ser um
cidadão comum, até porque deixaria de ter as mordomias que lhe estão
reservadas.
B) – Para outro que assumiu perante o pais o
erro de ter faltado deliberadamente a um
dever social imposto pela obrigação de
todos, nada lhe acontece, mas manifestou a sua opinião( quanto a mim sem
lógica) de que estava tubo bem esclarecido e convincente, sem ter em conta a
ética politica e moral deste cidadão, que sendo igual aos demais, é de facto,
de momento, diferente de todos os outros, pelas funções que pediu para ocupar
com o voto popular, logo mais obrigação de ser exigente consigo mesmo, para dar
exemplo, poder e força para exigir o mesmo a todos.
-
Conclusão: Somos de facto todos iguais,
mas....., há uns mais iguais que outros.
Emídio Cunha
Somos tão imperfeitos que, na maioria das vezes, só vemos os erros dos outros. O autor do texto, referindo-se ao ex-Primeiro-Ministro, acusado de ter praticado actos de corrupção enquanto no exercício da função não prejudicou o Estado nem os contribuintes, como se o decidir entregar obras estatais a amigos por preços muito superiores fosse um benefício para o povo, enquanto o actual, que não pagou os impostos no tempo devido seja comparado ao anterior. É verdade que o PR, tem dois pesos e duas medidas na apreciação dos comportamentos individuais, o que não abona o PR, mas ambos são indignos das responsabilidades que a sociedade lhes outorgou ou outorga. Ambos não merecem o nosso respeito, porque para exercer o cargo de PM é necessário ter uma estrutura mental e cívica que ambos não possuem. Só num país de terceiro mundo é que se tolera estas situações, porque os cidadãos não têm formação cívica. Como se compreende a actual falta de atitude do nosso povo?
ResponderEliminarA minha opinião como resposta
EliminarProvavelmente fui mal interpretado quando falo do ex-primeiro ministro. Eu só afirmei que ainda nada foi provado em tribunal as suspeitas de alguns com que se pretende julgar na praça pública. Sou também da opinião que havendo razões provadas e justificadas, deve haver castigo exemplar condizente com os atos ilícitos. Vejo também com preocupação que gente corrupta, amigos do alheio, pedófilos, etc......, apanhados em flagrante, são levados a tribunal, rapidamente julgados e colocados de novo e quase de imediato em liberdade, para poder continuar a praticar os seus ilícitos. Neste caso, que só existem suspeitas, mantém-se preso para poderem recolher ou fabricar provas para justificar a sua prisão.
Entendo que a presunção de inocência deve ser mantida até ao seu limite e até prova em contrário, porque é e deve continuar a ser um valor basilar da democracia, que está, e ainda bem, a léguas de distancia dos tempos que ainda vivi de antes do 25 de abril de 1974, quando alguém que não gostasse de mim ou pensasse de forma diferente do governo, era suficiente soprara ao ouvido das pessoas do regímen, que eram muitas e disfarçadas de gente cordial e simpática do nosso circulo de amigos, para ser difamado na praça publica, preso e torturado até assinar documentos mentirosos andaimar-se culpado de algo que não fazia ou pensava. A difamação na praça publica é fácil de alimentar porque não precisa de provas basta ouvir-se dizer, enquanto limpar essa imagem requer muito sacrifício e dor, quantas vezes infrutíferos, porque as manchas da alma e da dignidade não se apagam com lixívia.
caso bem contrário é o do atual primeiro ministro que o assumiu publicamente e de viva voz as suas falhas grosseiras e quanto a mim pouco dignas para quem se propôs defender os direitos de todos, ser imparcial e justo.
Emídio Cunha
Estamos rodeados de governantes e ex-governantes corruptos. Quanto ao existirem grupos de interesses que fabricam provas falsas para serem lançadas ao vento para que cheguem ao um pressuposto destino e lançarem lama sobre certas personalidades é possível que isso suceda. Conquanto, há factos indesmentíveis que não abonam a integridade moral de certas figuras, independentemente de outras eventuais incriminações que estejam em curso. É um realidade indesmentível, que alguém, com o curso de engenheiro técnico, através de apenas 5 cadeiras, sendo 4 ministradas por um antigo amigo, conivente num negócio pouco claro, da Cova da Beira, e a outra conferida pelo reitor, por fax e a um domingo, atingiu a licenciatura de engenheiro, que está contestada pelo Dr. Rui Verde. A resposta governamental, cujo Primeiro-Ministro era o interessado, foi mandar encerrar a Universidade, em vez de mandar abrir um inquérito. Ora, um cidadão, que tem tal comportamento, não merece assim tanto crédito, a não ser que achemos correcta a esperteza saloia do salve-se quem puder. Cesteiro que faz um cesto faz um cento, é um ditado popular que merece não ser esquecido.
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