(“i”
22.03.2015) Não é VIP é qualquer UM a ser tratado sigilosamente
Estamos gloriosamente a criar casos mediáticos e
mediatizados, aos montes por semana, que unicamente demonstram que nos
preocupamos com o que nada vale, para esquecermos o importante.
O tema lista VIP – mais um – que não pode ser
consultada por todos, que existe, que um sabia e o outro não, mas tinha que
saber, devia, é mais um falso problema.
Quaisquer dados de qualquer cidadão que estejam no
site das Finanças só devem ser acedidos pelo próprio ou por algum funcionário –
responsavelmente- que profissionalmente dos mesmos necessite, para cumprir as
suas tareada. E ponto.
Mais ninguém deve poder aceder a estes dados, seja da
Pessoa mais importante desde País, seja de quem possa ser.
Todos e cada um destes elementos, estão numa “base de
dados” para serem tratados com a necessária descrição e o máximo sigilo
profissional, e nada mais, mas de todo e qualquer cidadão, e não só dos supostos
VIP, convirá repetir.
Não se tem que questionar quem, como e quando acede à
lista VIP, se é que existe, como se fosse a classe em avião!, tem, sim, que se
responsabilizar – algo em total desuso neste nosso País - quem “lá possa ir” só
por curiosidade, ou por qualquer outro motivo que não objectiva e concretamente
profissional. Ponto.
E, como é evidente, este comportamento deve ser
aplicável e aplicado a tudo o que diga respeito a qualquer Pessoa, a qualquer
cidadão no nosso País. Os dados são sigilosos de todos, todos, e não uns mais e
outros menos. Todos. Se não, colocam-se num site aberto a tudo e todos, e a
qualquer um! Como se fosse o wikiqualquer coisa!
Não será admissível que um profissional de saúde, por
exemplo,- e é só um suponhamos- possa, se for o caso e extrapolando do
que agora é “mais um caso mediático e mediatizado ao dia” das Finanças,
unicamente por ter acesso, ir curiosamente indagar doenças do seu vizinho, por
ser seu vizinho, ou do primo, da tia e da cunhada. Não! Vai só ter que saber e
bem, se for algum doente com quem vai profissionalmente tem que lidar e nada
mais, seja VIP ou seja desconhecido.
E, da base ao topo de toda e qualquer hierarquia, de
toda e qualquer Instituição o procedimento único, tem que ser este. Ponto.
Se não for, tem que ser responsabilizada a pessoa que
acede sem ter que o fazer, e não há que haver listas VIP, há que haver Listas,
iguais para todos e de todos com igual tratamento sigiloso. Só!
Augusto Küttner de Magalhães
Março 2015
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.