Mais uma vez a Comunicação Social escrita nos alertou para a
desgraça colectiva em que mergulhamos devido à pouca honestidade dos muitos
gestores que, quer no sector público quer no privado, continuadamente têm
lançado o país na ruína.
Assim, o título de primeira página e em letras gordas
“Empresas distribuem lucros e deixam dívidas por pagar” é bem o mau exemplo
comportamental desses faunos administradores – pagos a peso de ouro – em
delapidarem as empresas altamente rentáveis, em delituoso conluio com todos os
maus decisores políticos, os quais, numa promiscuidade reprovável a todos os
níveis, fazem repercutir o ónus de tais desvios sobre o comum dos
contribuintes.
Então, o endividamento das empresas que estão cotadas em
bolsa disparou 17% em seis anos, pelo que a “nata empresarial” do grupo PSI20 é
a maior devedora e também a mais generosa nos dividendos, enquanto todos nós –
indefesos e forçados contribuintes – é que temos sido os maus da fita – os
cidadãos que têm vivido acima das suas possibilidades –, mas que, mesmo assim,
tudo têm e temos pago com ‘língua de palmo’, a fim de perpetuarem e
perpetuarmos a mantença sumptuosa desta instituída e esfomeada fauna que, em
todos os topos das escadas do poder, nos rapinam e sacaneiam sem cessar.
A morte a destempo do belo canídeo Simba, o cão de Monsanto,
que foi crivado de chumbos, quando um vizinho dos donos ‘errou’ a pontaria ao
pensar que tinha atirado para o ar, suscitou uma onda de indignação pelo acto
cometido.
Chegou até a ultrapassar, em menor espaço de tempo, o número
de assinaturas recolhidas em outra petição que pedia a demissão do PM, por este
não ter cumprido com as suas obrigações contributivas para a SS e ser relapso
para com o IRS.
E, se não houvesse mais frágeis telhados de vidro em outros
sectores políticos e quejandos, este caso Passos Coelho ‘piaria mais fino’, mas
como estamos em tempos em que são enaltecidos os actos ilícitos e denegrida a
honra, parece até que mais vale ser mentiroso e não cumpridor, do que ser honrado
acima de tudo.
José Amaral
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