terça-feira, 10 de março de 2015

Ao correr da rima


O inquilino de Belém
e mais a sua Maria
calados como convém
sem verem a porcaria
que o afilhado em S. Bento
mais a sua troupe maldita
sem honestidade nem tento
põem a população aflita.

Diz não ser cidadão perfeito
clamando por todo o lado,
mas o seu grande defeito
é o de não ser honrado.

Mas a culpa não é dele
é de quem o elegeu,
toda a cambada mais ele
era um ar que lhes deu.
Zarparem dos seus lugares
longe dos nossos olhares
e nunca de lá voltassem
nem deles víssemos imagens.

E esta de nos querer deixar
Um igual na presidência?
Há muito nos está a gozar
ou vive em total demência!


José Amaral

2 comentários:

  1. Tem piada, está bem conseguido e vem muito a propósito. Parabéns e que mantenha esse espírito de observação, que, num estilo aparentemente leve, é suficientemente sarcástico.

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  2. Mais uma vez, muito obrigado pelas suas generosas palavras. Este estilo 'leve', mas pesado como o chumbo, faz de mim um 'repentista' de pena afiada, mas que disto não passa, uma vez que me falta o 'engenho e a arte' que nunca tive, para levar ou ter levado mais longe o meu saber.
    Às vezes penso: escrevo ou não escrevo? O que acharão destes meus repentes? Mesmo com defeitos, a 'cria' nasce e eu sinto-me bem quando os outros também o ficam.

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