Figura marcante e fecunda...
Delfim Brito Guimarães nasceu no Porto a 4 de agosto de
1872, filho de Delfim José Monteiro
Guimarães, comerciante e jornalista, natural da vila de Ponte de Lima, e de D.
Maria Júlia Moreira de Brito Barreiros, natural do Porto. Casou em 24 de Abril
de 1895, na Igreja de Paranhos, com Rosina Vieira da Cruz e morreu em 6 de
Julho de 1933, na Amadora, ficando sepultado no cemitério de Benfica.

Enquanto editor, num tempo em que eram pouquíssimas as pessoas
que tinham algum interesse por livros, Delfim Guimarães divulgou entre nós obras-primas
de escritores como Lamartine, Émile Zola,
Victor Hugo, Alexandre Dumas, Honoré de Balzac, Tolstoi e Gorki.
Viveu algum tempo em Ponte de Lima, terra do pai, onde foi
administrador do Concelho. Durante este tempo escreveu muita poesia, prosa e
peças de teatro.
“Ponte de Lima, berço do meu pai/Jardim encantador do nosso
Minho,/É para ti que grande parte vai/ Do meu carinho”. “Oh rio Lima, meu velho
amigo/Meu confidente de alegres anos/Lembras-te ainda do tempo antigo//Daquela
quadra cheia de enganos/Que, descuidado, passei contigo?”.
Na amadora, terra onde viveu o último terço da sua vida e
veio a falecer, dedicou-se à sua obra literária, à defesa dos interesses da
terra e integrou a Comissão Administrativa da Escola Alexandre Herculano, de
que foi um os fundadores.
A Alexandre Herculano dedicou um poema que começa assim:
Com o vivo fulgor, com essa luz constante
Que só os astros dão, caricioso brilho,
O vulto de Herculano esplende, qual diamante,
No céu de Portugal, pairando avassalante,
Sobre o amado país que se honra de tal filho.
Também a Zola, que muito admirava, dedicou um poema de que
transcrevo estes versos:
Depois de Jesus Cristo, o filósofo ideal,
Não existiu na terra obreiro mais fecundo...
Estava reservado, ao autor de “Germinal”
Dar o supremo golpe à árvore do mal,
Em nome da verdade, emancipar o mundo.
Nota - Informação colhida na revista Limiana, da Casa de Ponte de Lima em Lisboa.
Nota - Informação colhida na revista Limiana, da Casa de Ponte de Lima em Lisboa.
Amândio G. Martins
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