Ganha terreno o discurso do ódio...
Os principais líderes políticos espanhóis viam nas eleições na Andaluzia um teste para o país todo, que terá eleições gerais no próximo ano e,
por isso, se aplicaram na campanha, “acampando” lá quase em permanência, com
excepção de Pedro Sánchez que, tendo obrigações de Estado, o impediam de ajudar
a candidata do partido quanto ela gostaria.
Votaram menos de metade dos eleitores e a situação ficou
complicada porque a extrema-direita conseguiu um resultado muito para lá do que
os próprios esperavam, ganhando 12 lugares quando apontavam para um ou dois; e
isto é tanto mais espantoso quanto aquilo é mesmo lixo tóxico.
De facto, não escondem nada: exaltam o franquismo, que
afirmam não ter sido ditadura nenhuma, querem acabar com as autonomias que,
segundo a sua concepção, têm feito perigar a unidade de Espanha, querem revogar
a “lei da memória histórica”, que foi desenhada para destapar os crimes do franquismo
e reabilitar a memória das suas vítimas, querem expulsar imigrantes e
refugiados, revogar a “lei contra a violência de género” – as mulheres existem
para levar pancada dos homens... - e acabar com os partidos de esquerda que, para
eles, é tudo um “bando de comunistas”, que Franco tinha derrotado.
Tiveram uma primeira vitória que, por enquanto, é simbólica
mas já falam grosso e os restantes partidos da Direita já os convidaram para
fazer parte de uma solução de governo na Andaluzia; e tudo quanto é fascista por esse mundo fora os
tem felicitado, restando agora na Europa apenas três países onde não há extrema-direita
com assento parlamentar, que são Irlanda, Malta e Portugal...
Amândio G. Martins
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