NORTE-SUL
Num dia de Dezembro de finais da década de 70, encontrava-me com dois conterrâneos na capital (já não do Império), e à noite, fomos à , Adega Machado, no Bairro Alto, ver e ouvir o Alfredo Duarte Júnior (filho de Alfredo Marceneiro).
Figura extraordinária, excêntrico, inimitável no seu estilo de interpretar o fado. Alma perdida! Aguardámos pelo final da sua actuação e acompanhou-nos numa visita guiada pelas "capelinhas todas, em direcção à Madragoa.
Era já dia, quando nos despedimos. Diz o Alfredo: "agora ide lá pró Norte dizer mal dos mouros". E disse mesmo ide, e não vão. Bastaram umas horas de convívio para assimilar o linguajar nortenho, carago...
Vem isto a propósito da velha "guerra" Norte-Sul. Assunto com "barbas" mas sempre actual. que proponho ser debatido neste espaço. Sem preconceitos nem ideias preconcebidas. Há quem diga que uns andam de traineira e outros de iate. Está lançado o mote.
José Valdigem
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