Na vida, individual ou colectiva, deparamo-nos por vezes com situações em que não olhamos a despesas para acorrermos a qualquer infortúnio. São doenças, desastres, desgraças várias que a todos acontecem, de que há-de ficar a memória da dor e, quando é o caso, o remorso de não termos feito tudo para prevenirmos a catástrofe. Então, invariavelmente, surge-nos a pergunta, punitiva e pedagógica: quanto é que isto me custou? A muitos, a pergunta poderá parecer cínica, trazendo para o plano do material algumas coisas que deveriam permanecer na fímbria do espiritual e do que de mais nobre possa ter o ser humano. Mas não é. Não resisto a colocá-la neste funesto caso da derrocada de Borba, e não consigo afastar do pensamento a ideia de que a austeridade a que nos condenaram poderá ter contribuído para a tragédia, tanto como a cupidez de alguns que, na mira do lucro, descuraram os mais elementares deveres de segurança.
Não imagino quanto é que esta operação de resgate custou. Nem sei se haverá meios rigorosos para proceder a esse cálculo. Só peço que, no fim, não se esqueçam de acrescentar ao total apurado o custo das vidas perdidas. Por quanto, nem eu nem ninguém saberá dizer, porque as vidas humanas têm muito valor, mas não têm preço.
Não imagino quanto é que esta operação de resgate custou. Nem sei se haverá meios rigorosos para proceder a esse cálculo. Só peço que, no fim, não se esqueçam de acrescentar ao total apurado o custo das vidas perdidas. Por quanto, nem eu nem ninguém saberá dizer, porque as vidas humanas têm muito valor, mas não têm preço.
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