Justiça vs. direitos humanos...
Um homem em estado terminal, em prisão preventiva sem
admissão de fiança, está impedido pela justiça de ser internado num hospital
competente para lhe minimizar o sofrimento, com o estafado argumento de perigo
de fuga e destruição de provas, apesar de todos os testemunhos médicos
garantirem que pode morrer a qualquer
momento.
Trata-se de Eduardo Zaplana, membro do Partido Popular espanhol
e ex-ministro, em cujo exercício terá cometido as ilegalidades que o levaram a
ter de prestar contas; mas ninguém entende que, sofrendo de leucemia, as
autoridades judiciais lhe não concedam a possibilidade de tratamento em lugar
próprio, como recomenda o hematólogo que conhece o seu estado, com pulseira
electrónica ou outro meio qualquer, em vez de o obrigarem a dolorosas e
constantes viagens entre a prisão e o hospital.
E foi bonito de se ver que, ao pedido do líder do PP, Pablo Casado, para um
tratamento mais humano, outros líderes políticos o secundaram, como Pablo
Iglésias, do Podemos, partido que se posiciona nos antípodas daquele partido
direitista, dizendo que “los derechos humanos están por encima de cualquier
ideologia”...
Amândio G. Martins
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