sábado, 22 de dezembro de 2018

Lei de Bases de Saúde ao serviço do SNS


O Serviço Nacional de Saúde(SNS) é a jóia das funções sociais do Estado. O direito à saúde está
consignado na Constituição, porém nem todos os portugueses têm beneficiado desta consigna
porque as cativações do ministério das Finanças, só no 1º semestre, bloquearam 1 343 milhões de euros!
   A nova Lei de Bases de Saúde(LBS), a ser discutida na AR, tem de estar ao serviço do SNS para o robustecer, dotar e reforçar. É uma obrigação ética, moral e uma exigência de todos.
   O presidente da República disse que só promulgará a LBS com consenso alargado.
Descodificando: Se o PSD, defensor dos interesses da gula privada da saúde, estiver de acordo. A ministra da Saúde far-lhe-á a vontade… Enquanto diminui a qualidade do SNS, a saúde privada reforça-se. É obsceno que em cada 10 euros do OE para o SNS, 4 euros vão parar aos privados! Não faz sentido o Estado (nós) se deixar canibalizar.
   A direita extrema, PSD-CDS, apelidou o discurso de António Costa sobre a LBS de «ideológico». Este disse que é preciso acabar com as ‘’portas e alçapões por onde a direita quis entrar’’. Desvirtuaram e sangraram o SNS. Não nos esquecemos que em 1974 votaram contra o SNS! Dar-lhe consistência é pôr fim às PPP e a fechar a porta - de vez!, à insaciável sede de lucros da medicina privada. A saúde jamais deveria ser objecto de lucro…
   Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro medíocre da Saúde, na sede do PS, disse que o problema do SNS «é a falta de investimento»(!). Há pouco tempo afirmou: «Somos todos Centeno» (cruzes!). Aquela tirada hipócrita não foi devidamente escrutinada…
   Centeno e Adalberto - os ‘reis’ vão nus!

                                                                  Vítor Colaço Santos

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