O discurso de Natal do 1º ministro, também foi o tiro de partida para as campanhas eleitorais
do PS, a realizar em 2019.
António Costa disse que não se ilude com os números. Vai nos iludindo (enganando) despejando milhões de euros na banca… Afinal, há dinheiro! Esperávamos soluções, ouvimos
intenções. Foi poucochinho. Falou da necessidade de cativar os jovens, os mais instruídos de que há memória, em cá permanecer. Porém o Observatório da Emigração revela que têm emigrado 90 000 pessoas/ano. Referiu a pobreza e as assimetrias, mas o seu governo tem sido incapaz de taxar as fortunas multimilionárias ou acabar com as rendas obscenas das PPP, ficando enleado numa contradição. Quase 1/5 da população é pobre! As questões sociais/funções sociais do Estado estão em declínio, sendo inaceitável o governo ser tão ortodoxo em querer alcançar um défice zero(!). Elencou o desafio demográfico com uma das prioridades, dizendo que não se resolve só com a emigração, sendo necessário oferecer condições aos jovens para se realizarem profissionalmente. O diagnóstico é assertivo, mas… a retórica está desfasada! O emprego é precário e os salários são (sobretudo) míseros. Assim, não há condições para fixar jovens que sairão à procura de melhor vida. São formados com o nosso dinheiro e vão trabalhar para o estrangeiro. Isto é má política! A valorização do trabalho e dos trabalhadores passa por salários dignos, que poucos o têm… A legislação do trabalho estimula a precariedade, desregula os horários e não promove a contratação colectiva.
Fica-lhe mal sr. António Costa imprimir ao seu discurso uma dinâmica de medo, falando em retrocesso. Isso era a cíclica narrativa passadista do malquisto desgoverno anterior…
Vítor Colaço Santos
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