Será a última fase da vida.
E como desde a criancice ,é para ser " verdadeiramente vida".Não se fica de lado, nem empreteleirado por ser a última etapa da vida, nunca.
Hoje , vive-se até mais tarde. Hoje os velhos e velhas somos mais, somos bastantes, logo somos parte integrante das sociedades.
Teremos todos percursos de vida, com vivências que nos foram ensinando, que nos foram moldando, que nos fazem ser o que ainda somos, hoje.
E hoje, ainda aprendemos muito, com os mais novos, com os de meia-idade e até com as e os que estão no nosso grupo etário.
Teremos mais algumas dificuldades físicas, já não é tudo tão fácil como foi antes.
O corpo foi-se desgastando, estamos encorrilhados ,mas, não podemos deixar parar, o tempo vida .
A mente já foi mais dinâmica, mas hoje ainda funciona, ainda aprende e apreende. E apesar de muitas e muitos acharem que a velhada está ultrapassada , ainda há quem goste de interagir com os que já andam por cá há muito tempo. Até, até, aprender. Poucos, mas existem.
Os velhos, as velhas, já não estão nos " mercados de concorrência " a roubar espaço às restantes gerações.
Se, não o fizeram antes, já não vamos a tempo. E até queremos estar, e até ajudar. E até continuar, bem vivis.
Como é evidente, gostamos que gostem de nós. Gostamos que ao nível do que somos nos considerem como tal.
E temos mais tempo livre.
Tempo que pode ser até a acompanhar os mais novos, os, que em fases de vida até precisam de nós, até querem estar connosco.
Ler o que não tivermos tempo de ler antes. Até, até viajar.
Não há forma de escapar à velhice, se não tivermos morrido antes.
Não há forma, assim, de não ser velho. E claro, sempre com alguma independência, sempre com a locomoção e lucidez para estarmos e sermos velhos, mas vivos. Nunca só para estar cá a vegetar, a juntar anos aos anos já vividos, para esperar pela morte, isto, isso, já deixa de ser vida. Mas até aí é a etapa última, que é vida útil para o próprio, para quem o rodeia, até para a sociedade algo individualista, algo egoísta, neste momento.
Ou não ou não ou não ou não
Augusto Küttner de Magalhães
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