A rapariga “derretia-se” toda, em conversa simultânea com vários rapazes no Tiktok; de repente vê-se que a sua cabeça sofreu um impacto brutal, ficando virada para o outro lado: alguém lhe tinha dado uma forte bofetada; depois desta surpresa, e de ter passado as mãos pela cara durante uns segundos, olhou de frente os rapazes e disse: “sem palavras”, mas eles quiseram saber quem tinha sido a besta que a agrediu com tanta violência, ainda por cima naquelas circunstâncias, ao que a desgraçada respondeu que tinha sido o pai.
Mas é óbvio que tal mentira não podia durar muito e, numa segunda fase, aparece ela com o patife com quem vive, em que ele assume tê-la agredido, mas que isso foi apenas um mau momento, que se dão muito bem e são felizes; e ela secundava-o, dizendo que a culpa era sua, porque ele já a tinha prevenido para parar com aquela conversa com os rapazes, que o “enfadava”.
Como entretanto aquela cena chocou muita gente, choviam os insultos de todo o lado contra o sujeito, o que o levou a deslocar-se a uma posto de polícia para apresentar queixa, tendo ficado detido para ser apresentado a um juíz; e a rapariga, além de não apresentar queixa, foi pedir para o deixarem livre, que não tem como sobreviver sem ele, com um filho de dois anos.
E esta é a triste situação a que se sujeitam muitas mulheres violentadas a vida inteira, que não se queixam da violência a que são submetidas porque não têm como seguir sozinhas, sem o apoio económico do agressor; neste caso, que se passou em Espanha, onde a violência machista é uma praga igual à que por cá também conhecemos, despertou o interesse e cobertura de muitos meios de comunicação, que, de tantas vezes interrogarem a jovem, por perceberem que estava a desculpar o companheiro, acabaram por ouvi-la confessar, como prova de não ser uma mulher maltratada: “hasta hoy, solo me ha dado dos palizas”, o que, traduzido para o nosso linguajar mais castiço, quer dizer que, até ao momento, “só” lhe tinha dado dois enxertos de porrada, não contando com aquele “estaladão”, presume-se...
Amândio G. Martins
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