Ser novo , mesmo que com azares, percalços, tropeções de vida, há, normalmente sempre hipóteses de conseguir dar a volta e, prosseguir bem a vida.
Ser velho, foi o que foi, e não vale perder tempo a olhar pelo retrovisor, a imaginar como poderia ou deveria ter sido, o passado é passado, acabou foi como foi.Se foi bom, há que aproveitar sempre, até na velhice para se manter, evidentemente, tendo em consideração a idade passada e a presente.
Se foi mau, ou menos bom, é melhor esquecer, esquecer, já passou.
Hoje é hoje, quer queiramos quer não, marcou-nos, o antes, mas já passou, foi sendo parte do que somos hoje, mas devemos evitar pensar no menos bom, fica lá num canto do cérebro, fechado à chave.
Ser novo implica pensar que há muito a viver pela frente.
Muitas vivências.
Energia, força , vontade de fazer " coisas ", de viver coisas, fazer alguns disparates, que se espera não seja demasiado intensos, que estraguem o futuro.
Ser velho, já não é o tempo de fazer planos a grande distância. Já não é o tempo de grandes aventuras. Já não há força , já não há imaginação e já nem há vontade.
Mas ser velho, nunca é desistir. Nunca . Nunca é parar. Nunca.
A velocidade, o risco já ficaram para trás, mas a vida continua, estando vivos, não vamos parar, não podemos parar , não queremos morrer.
Enquanto a vida valer ser vivida, é isso que devemos querer fazer. Se for , só, para aguardar a morte, a vida acaba, nesse momento.
A infância, a adolescência, a juventude, são sinónimos de descobertas, de aprendizagem, de riscos, por vezes inconsequentes.
A Velhice é tempo de viver a uma velocidade mais lenta, mais regrada , mais adequada à idade.
A velhice não é em si o fim, é a última etapa. Logo é para ser vivida , até acabar.
A infância, criancice, adolescência, juventude, meia-idade são tempos de construção de vida.
A velhice é de estar apto, capaz, activo, mas dentro das possibilidades físicas e mentais.
Tempos que se quisermos, se complementam sem se atrapalhar, sem se complicar. Com espaço para todos.
Ou não ou não ou não ou não
Augusto Küttner
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