sábado, 25 de fevereiro de 2023

Novos vs Velhos

 Ser novo , mesmo que com azares, percalços,  tropeções de vida, há,  normalmente sempre hipóteses de conseguir dar a volta e,   prosseguir bem a vida.

Ser velho, foi o que foi, e não vale perder tempo a olhar pelo retrovisor,  a imaginar como poderia ou deveria ter sido, o passado é passado, acabou foi como foi.
Se foi bom, há que aproveitar sempre,  até na velhice para se manter,  evidentemente, tendo em consideração a idade passada e a presente.
Se foi mau, ou menos bom, é melhor esquecer,  esquecer,  já passou. 
Hoje é hoje, quer queiramos quer não,  marcou-nos, o antes, mas já passou,  foi sendo parte do que somos hoje, mas devemos evitar pensar no menos bom, fica lá num canto do cérebro,  fechado à chave.
Ser novo implica pensar que há muito a viver pela frente.
Muitas vivências.
Energia,  força   , vontade de fazer " coisas ", de viver coisas, fazer alguns disparates,  que se espera não seja demasiado intensos,  que estraguem o futuro.
Ser velho,  já não é o tempo de fazer planos a grande distância.  Já não é o tempo de grandes aventuras.  Já não há força  , já não há imaginação e já nem há vontade.
Mas ser velho,  nunca é desistir.  Nunca . Nunca é parar. Nunca.
A velocidade,  o risco já ficaram para trás,  mas a vida continua,  estando vivos, não vamos parar,  não podemos parar  , não queremos morrer.
Enquanto a vida valer ser vivida, é isso que devemos querer fazer. Se for , só,  para aguardar a morte,  a vida acaba, nesse momento.
A infância,  a adolescência,  a juventude,  são sinónimos de descobertas,  de aprendizagem,  de riscos, por vezes inconsequentes.
A Velhice é tempo de viver a uma velocidade mais lenta,  mais regrada , mais adequada à idade.
A velhice não é em si o fim, é a última etapa.  Logo é para ser vivida , até acabar.
A infância,  criancice, adolescência,  juventude,  meia-idade são tempos de construção de vida.
A velhice é de estar apto, capaz, activo, mas dentro das possibilidades físicas e mentais.
Tempos que se quisermos, se complementam sem se atrapalhar,  sem se complicar.  Com espaço para todos.

Ou não ou não ou não ou não

Augusto Küttner

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