sábado, 11 de fevereiro de 2023

Nozes duras de mastigar

 

Surpreendeu-me que não tenha havido reacção ruidosa à declaração do chefe do Governo, de que a maior fatia dos dinheiros disponibilizados pelo PRR seria devolvida, sendo usada apenas uma ínfima parte dessas verbas; e lá fica desautorizado mais um recado do chefe de Estado, quando “prometeu” a uma ministra pedir-lhe contas da execução daquele programa, que deveria ser aproveitado até ao último cêntimo, ele que não tem de fazer contas nenhumas, e falar sai-lhe barato.

 

E o argumento do Costa é inatacável porque, sendo o dinheiro emprestado, seria irresponsável gastá-lo só por gastar, para transmitir uma falsa ideia de dinamismo e saúde financeira que não existe, consumindo em projectos de duvidoso interesse o que depois se pagaria com “língua de palmo”, para além de cada investimento também exigir recursos próprios.

 

Podendo dispor até 14,2 mil milhões, o Governo não irá muito além dos 2,7 mil milhões, segundo afirmou o primeiro-ministro, sugerindo a Bruxelas que canalize essa enorme massa de dinheiro, dado que há muitos outros países a fazer o mesmo que Portugal, para tornar a Europa independente da energia com que a bandidagem russa a pretende asfixiar...

 

Amândio G. Martins

 

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