Com as greves dos professores a decorrerem há tanto tempo, seria natural que algum repúdio por parte da sociedade em geral se tivesse já manifestado, sobretudo após alguns “convites” mais ou menos explícitos, como, por exemplo, o de Marcelo Rebelo de Sousa. Mas não, o movimento contestatário continua bem vivo, e pressente-se o apoio não só de pais dos alunos afectados, como de profissionais de outros sectores.
Não sou professor, militar ou polícia, nem sequer funcionário público de qualquer outra especialidade, mas entendo perfeitamente a incompreensão e a revolta que o actual estado de coisas está a gerar nos portugueses, em especial naqueles que se encontram “acorrentados” a rendimentos fixos e baixos, pelo que só razões circunstanciais me impediram de ter contribuído para o engrossamento daquela mole humana nas ruas de Lisboa. Sente-se vezes de mais que o povo serve a política e a economia, quando deveria ser o contrário. E lembro-me, com frequência, de Montenegro, faz agora oito anos, a dizer-nos: “a vida das pessoas não está melhor, mas o país está muito melhor”.
Público - 13.02.2023
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