quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

 Luís Peixoto


Luís Peixoto, é jornalista. E como qualquer jornalista que se preze e possa, está a relatar para a rádio onde trabalha, Antena1, o que vê e ouve. É este o trabalho de um repórter. Só que está numa região muito especial. Numa região onde, muito provavelmente, é o único jornalista português.

Já ouvi dois trabalhos dele. O segundo, estava na ala pediátrica de um hospital no Donetsk. Falou com a mãe de um menino que foi lá operado. Foi atingido por estilhaços. A sua casa, assim como todo o bairro onde residiam, foi bombardeado. Os bombardeamentos nos últimos meses têm-se intensificado, mas já duram há 9 anos. Assim como no Lugansk (regiões do Donbass).

Portanto, como já devem ter reparado, os bombardeamentos citados que, aliás, já tinham provocado antes da reação russa, da invasão, 15 mil mortos, são isso mesmo, ucranianos.

E é aqui que está a origem da guerra e a possível solução da mesma.

No primeiro trabalho que ouvi de Luís Peixoto, entrevistou diversas pessoas que criticaram a UE e os EUA, por nunca se terem interessado pela sua sorte e por nunca pressionarem Zelensky a aceitar a sua reivindicação, o seu legítimo desejo de autodeterminação. A serem donos do seu destino. Reivindicação plasmada nos acordos de Minsk que os hipócritas e criminosos que estão na origem, manutenção e agravamento da guerra, rasgaram.

Hipócritas e criminosos que reclamam é armas e mais armas, como o falcão secretário-geral da NATO, e que os subordinados dirigentes da UE, vão aceitando. Destruindo a Ucrânia e, por este andar, o resto da Europa e não só.

É tudo isto que as televisões e restantes media, não mostram nem dizem.

Portanto, parabéns a Luís Peixoto e, neste caso, também à direção de informação da Antena1.

A informação para ser séria, tem de ser plural. Tem de ouvir os dois lados. Se não, não é informação. É prostituição. O que é, sobre este caso, a esmagadora maioria dela. Prostituição, e mil vezes pior que a outra. Prostituição rasca.


Francisco Ramalho



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