Este interminável braço de ferro entre os professores - que deixam os alunos sem aprender e os pais em desespero - e o Ministério da Educação, que não tem uma forma mágica de fazer dinheiro para acabar com a greve, está a começar a causar impacto negativo na população.
Sejam alunos ou pais destes, até não o sendo, já cansa, em qualquer local, onde se tenha que ir , ter que estar precavido para não ser apanhado por interrupção de trânsito, grito de ordem, cartazes de professores a clamar por mais dinheiro.E ao que parece não por avaliação, não por mérito, mas só e unicamente, por automatismo.
E perante algum incómodo da sociedade em geral, há que tentar alargar a Luta, às restantes categorias de profissionais, e clamar que está tudo mal no país, que é necessário fazer tudo diferente. Tudo novo.
Mas estaremos em nova Revolução, e não nos explicam?
E têm delegação de todos , os professores, para assumirem que está tudo mal, pelo que tem que se reconstruir, tudo, da base ao topo?
O Ensino está todo mal, os alunos estão mal, os professores ganham mal, e chama-se médicos, enfermeiros, polícias e quem mais seja para protestar.
E por muito, que muitos acham muito bem " a justa luta dos professores ", haverá que ter em conta que os alunos, razão da existência dos professores e há demasiado tempo sem aulas, são quem mais está a perder.
Seguidos dos pais e mães que face a estas greves, estão a deixar de trabalhar, da ganhar, para estar com os filhos que não podem ir às aulas às Escolas.
E , dificilmente se assumirá, que estas cenas de rua, o que está escrito em alguns cartazes, o que alguns dizem quando têm um microfone à frente, e uma câmara de televisão a filmar, não é muito condizente com a profissão.
Ou não ou não ou não .....
Augusto Küttner
A questão da greve dos professores é delicada e grave. Ao longo de (muitos) anos, os professores foram “encurralados” e… aguentaram. Sem ninguém “querer saber”, foi-se longe de mais, profundo de mais. É certo que, neste momento, as consequências sociais da(s) greve(s) são enormes. Mas não podemos/devemos culpabilizá-los por inteiro pelos males da situação criada. Nunca me canso de, a este propósito, citar Brecht: “Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem”.
ResponderEliminarNão há quem não reconheça a razão dos professores. Mas muitos continuam a querer mantê-los na ignomínia a que os condenaram. E isso também não está certo.