Li em tempos que os grandes génios das mais variadas ciências tinham todos um lado muito feio e desagradável, que sempre se esforçavam por ocultar, para que o mundo lhes não conhecesse as fraquezas, se bem que, de uma maneira geral, quase toda a gente saiba que é verdade, que o génio dessas pessoas abriga as mais variadas taras; e lembro que, nesse trabalho jornalístico, eram mesmo enumeradas figuras famosíssimas, grandes escritores, filósofos e poetas, com a respectiva “pancada” que as acompanhava pela vida fora.
E ocorreu-me este tema enquanto prestava atenção ao que em Espanha se vinha comentando acerca do comportamento de Mario Vargas Llosa, o escritor peruano a quem, por estar em apuros no seu país, o então presidente do Governo espanhol, Felipe Gonzalez, atendendo aos bons ofícios do então rei Juan Carlos, ofereceu a cidadania espanhola, que ele aceitou prontamente e com a qual se dizia muito honrado e com uma dívida de gratidão e amizade para a vida com Juan Carlos, que de Felipe Gonzalez parece não ter rezado mais a história neste assunto.
Tanto mais que era frequente vê-lo como figura de cartaz a prestigiar os comícios políticos da Direita - Partido Popular, com um discurso vulgaríssimo de apelo ao voto, que votassem bem, porque ele vinha dum continente onde nalguns países, apesar de estar instituída a democracia, as pessoas viviam muito mal porque, na hora de votar, não votavam bem. Mas além dessa disponibilidade para “abrilhantar” comícios da Direita, deu nas vistas a forma como abandonou a mulher de sempre para se amancebar com a “dondoca” Isabel Preysler – que foi mulher de Julio Iglésias e de vários outros - com quem viveu até há pouco tempo, porque voltou para casa, justificando ter feito o que fez para acalmar a pila, “pero ahora la pichula solo sirve para hacer pipi”.
E em vésperas de ser aclamado membro da Academia Francesa, não se percebendo muito bem em nome de que santo, apesar de ser um Nobel de literatura, Vargas Llosa fez questão de ter na cerimónia Juan Carlos, que não hesitou em se deslocar de Abu Dabi para Paris, não obstante as notórias dificuldades de mobilidade...
Amândio G. Martins
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