Quando o Ministro da Educação
e Ciência, Nuno Crato, se dirigiu na passada segunda-feira, dia da abertura oficial
do novo lectivo escolar de 2013/14, aos órgãos da comunicação social, com
aquele seu ar de menino “cabula”, mas a transmitir disfarçadamente, um ar de
felicidade (bem à maneira dos ministros deste Governo, que angelicamente, para
eles tudo corre de feição), foi pouco convincente e algo comprometedora, nas
avaliações e lá foi afirmando, todo convencido, que as escolas tinham iniciado
o novo ano sem quaisquer tipo de problemas.
Não falou com a devida sinceridade
no caso dos professores que não foram colocados, nem teve coragem ou argumentos
para uma justificação honesta. Ou daqueles outros professores que foram “recambiados”
ou transferidos para longe dos seus lares, onde terão que percorrer
quilómetros, se querem estar junto da família.
Então, este caso, fez-me
recuar no tempo e voltei quarenta anos atrás, para aquela situação, em que os
mancebos, que iam assentar praça para cumprirem o serviço militar, eram então,
enviados, não sei com que finalidade, até hoje nunca entendi, uns que eram de
Lisboa, eram enviados para Tavira, outros do Porto para Beja, etc., e assim eram
incorporados os mancebos de então, tal como nos dias de hoje são colocados
alguns professores, longe dos seus lares. Para já não falar nas superlotadas
turmas com mais de 28 alunos.
Mas há mais. E o que ainda me
espantou mas não me surpreendeu foi o
facto de na Escola Básica de Freixo de Numão, em Vila Nova de Foz Côa, a
coordenadora do 1º.ciclo daquela escola básica, no final da reunião de pais dos
alunos, ter surpreendido estes, com o pedido de trazerem um rolo de papel
higiénico…
Senhor Ministro, com então o
ano lectivo abriu sem problemas?
Mas o Ministro da tutela e o
seu governo devem-se sentir realizados com todo o bom trabalho que estão a
prestar à comunidade estudantil e encarregados de educação.
Depois destes casos, (são só
alguns, porque há mais), já é tempo, de todos nós, encarregados de educação, tirar
as devidas conclusões acerca deste governo de “trapalhões-aldrabões- desonestos”.
Mário da Silva Jesus
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