Porém, quer este Governo- actual-, que mesmo com dois
primeiros-ministros em funções e em simultâneo, não dá conta do recado – bem pelo
contrário – quer todas as oposições, falam sem consistência, acompanhados por
alguma comunicação social sensacionalista ávida de “sangue”, e não têm
quaisquer soluções – de que tanto necessitamos – válidas, para não cairmos, se
calhar antes do 2014, no precipício.
Como é evidente a postura dos três – vulgo troika –
ainda para mais com a experiência falhada na Grécia e no Chipre, e talvez na
Irlanda – dá jeito dizer que não – é de brincar com coisas muitíssimo sérias e
essencialmente connosco, Pessoas. E é muito grave!
Mas, a oposição que pode vir a ser Governo, pela
comunicação social dizer-nos que pediu/exigiu 5% de défice aos “três” para
2014, e estes não aceitaram, e nada mais – a dita oposição – propôs? É
dramático! Ou seja, se fosse Governo, demitia-se? Amuava?
E, não seria de bater o pé à dita troika defendendo a
sua posição de 5%, défice 2014, mas contrapondo de imediato que se fossem
Governo, iriam baixar substancialmente os vencimentos, mordomias e mais
regalias de PM, Ministros, Secretários, Directores, Assessores, e tantos mais
que em seu torno rodam, e fariam a fusão de Camaras Municipais para metade, e
proporiam, - já podem ir fazendo - baixar salários e mordomias em todos os
Deputados. E poupara onde ainda há desperdícios de “dar nas vistas”!
E isto seria de facto notícia de primeira pagina e
telejornal de abertura em tudo que é comunicação social, com um emissário a ir
dar o recado à Frau Merkel, de imediato. E para cumprir, se fossem Governo,
evidentemente.
Teria o País ao lado dessa Oposição, e faria os três
troikanos repensar a sua posição e irem a correr às casas - mãe pedir
instruções.
As restantes oposições manter-se-ão sempre a opor-se,
dado que se o não fizerem perdem-se. Ficam sem lugar, mas convém, agitam as
massas. Dá jeito.
E o actual Governo ver-se-ia numa posição delicada. A
ter que agarrar com unhas e dentes as propostas do maior partido da oposição –
que ficaria mentor da mesma para créditos futuros – ou iria cair.
E o País, que está numa situação dramática, talvez
pudesse finalmente ver a luz ao fim do túnel. Tudo o resto é conversa
irrealista!
Augusto Küttner de Magalhães
Setembro de 2013
(Público 21.09.2013)
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