O que não aconteceu nestas autárquicas?
Estas autárquicas foram uma forma de os principais
partidos políticos continuarem a digladiar-se em vez de mostrar, que o não
faziam. Tornaram-se, em vez de momentos em que cada candidato a cada autarquia
- que a nível de Camaras continuam a ser o dobro do que deveriam ter que ser-
deveriam saber e querer explicar-nos o que iriam construir – com pouco dinheiro
– sem ser rotundas com muita tralha dentro, foram, antes, momentos de dizer
quem é mais alto, ou mais baixo, ou mais atraente, ou não político de serviço
imortalizado, como o outro.
Não se quiserem instituir tempos, que não são
necessários de televisão, já chegam os excessivos em que o chefe de cada
Partido foi às diversas localidades, dizer mal do chefe do outro partido. Teria
sido necessário cada candidato falar de si e por si, quanto ao que iria ter que
fazer na sua localidade a nível de transportes, água, luz, escolas, habitação e
emprego. Teria que ser cada um a dizer como fazer muito, com pouco. A dar ideias
construtivas para o poder local, de facto ser um “poder com poder”.
Bem, nada disso foi feito. E perdeu-se tempo a dizer
mal uns dos outros, algo em que estamos peritos. Somos tão bons no maldizer! A
falar de défice do País, dos estafermos da troika, que andam lá pela Capital do
Império, às ordens da Sra. Merkel, que como era de esperar, continua a mandar.
E andaram todos – candidatos e recandidatos - no disse
que disse, e não devera ter dito. E não esquecer os partidos que não quiseram
os que já lá estavam, alguns até a fazer bom trabalho e ainda não dinossauros -
antes encaixaram os necessários “meter “, os da conveniência do chefe do
partido do momento. E não os melhores para o lugar e autarquia! E ficaram
sempre mal no retrato os Partidos, quando a democracia com eles se constrói,
aqui se destrói. E o poder local nada ganhou com esta trapalhada. Nem o País,
nem os partidos, nem a democracia.
E depois das eleições, ganhe quem ganhar em cada
localidade, pouco para melhor vai mudar, tudo vai na mesma continuar, com o
défice e a divida sem solução, apesar de nestas autárquicas ter sido o centro
da discussão.
Os “lá de fora” que até nos emprestam dinheiro, a
assumirem-nos cada vez mais doidos, e nós os “cá de baixo” a viver pior a cada
dia que passa, uma vez que os “lá de cima” estão a não saber, faz tempo de
mais, fazer o que deveria ter que ser feito. E se calhar seria bem aconselhável
– mas não realizável - irem-se todos - esses - embora e dar lugar a cabeças
mais arejadas e mais interessadas no País, nas Populações, e nas Localidades.
Augusto Küttner de Magalhães
Setembro de 2013
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.