Aquilino Ribeiro (escritor) 1885.13 – Sernancelhe / 1962.Julho.6
Escritor da Beira (Sernancelhe),
as suas personagens os ambientes que cria e os contextos na sua obra literária
remetem invariavelmente para a sua Beira natal. A sua linguagem caracteriza-se
por uma extraordinária riqueza lexical de raiz popular e carregada de
provincianismos que leva a que dificulte um pouco a leitura das suas obras tão rica é a linguagem utilizada. Foi um republicano bastante interventivo não só a nível de escrita
para a imprensa mas também envolvendo-se em várias revoltas contra a ditadura
militar, tendo chegado a ser preso, pertenceu ao grupo Seara Nova, publicação preponderante na propagação
de ideais republicanos, tendo sido a partir de 1935 que começaram as surgir as
suas obras mais importantes como “Volfrâmio”
(1944), “O Arcanjo Negro” (1947),
“A Casa Grande de Romarigães” (1957) “Quando os Lobos Uivam” (1948) este
último valeu-lhe um processo-crime instaurado pelo Estado Português por
considerar a obra injuriosa das instituições de poder. Homem de uma temeridade
política mais do que provada, como escritor nunca aderiu a nenhuma das correntes
literárias, fosse o modernismo ou o neorealismo e foi, com outros escritores,
fundador da Sociedade Nacional de Escritores em 1956. O seu enorme prestígio
levou a que um vasto grupo de personalidades ligadas à vida literária, e não
só, o propusesse como candidato ao Prémio Nobel de Literatura.
“A enxada é o símbolo universal
do esforço, a ferramenta com que o homem há-de governar a vida. Sendo uma
emanação da terra, a existência humana representa uma batalha. É a condição de
todos os viventes: lutar. De princípio não é agradável. Mas uma vez adquiridos
os hábitos de combatente o resto vai por si”.
Aquilino Ribeiro está sepultado
no Panteão Nacional.
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