Os dinossauros não ganhando, que farão?
Como é evidente a eternização dos políticos na
política neste nosso País tem feito com que desde há quase 40 anos, os mesmos
andem sempre “por aí”. Vão às autarquias, vão aos governos, vão à direcções
disto e daquilo, vão também ou não a empresas não públicas e a públicas, voltam
e andam sempre “aí”.
Uns, desde que os conhecemos, nada mais fizeram que
ser políticos de profissão. Tudo “isto” tem feito com que a cada dia que passa,
melhor se entenda que o mundo dos partidos políticos instituídos é um mundo à
parte, do restante. Começa-se ainda em calções, segue-se as ordens do chefe do
momento e vai-se subindo, subindo até não poucas vezes chegar a chefe, também.
Mas pelo meio desde que seguindo a linha pré-definida, há muito onde ficar
instalado. Basta ver!
E pelos vistos sendo o tal mundo à parte não é nada
desagradável, uma vez que os que por lá andam não querem sair de maneira
nenhuma. Basta ver! Mesmo mudando de terriola!
Viu-se uma vez mais com estas confusões – ou nem por
isso – das quatro candidaturas às autárquicas. Se, pela parte dos
partidos/movimentos, todos, em devido tempo sem execpções, tivesse havido - em
devido tempo - vontade de bem esclarecer a situação, tê-lo-iam feito. Não quiseram,
não fizeram, e pode-se ser eternamente candidato, três vezes num lado, vai a
outra, volta e assim, sucessivamente.
E aparecem bem assinalados e sempre presentes, o que
se apelidou de dinossauros. Os que estão lá faz tempo demasiado. Os que
seguiram o caminho dos eternizados na política. E nota-se que, quando por um
qualquer azar saem ou caem, ficam mal. Ficam tristes e parece que abandonados.
Aparecem de repente a comentadores – sem nunca o ter sido - aparecem em todo o
lado. Não conseguem desaparecer. Estão eternizados na política, pela política e
com a política. Querem ser figuras “públicas/presentes/para sempre!”
E o benefício é sempre deles, e o azar é sempre nosso,
mais que não seja por se ter criado, talvez com algum fundamento, ou talvez não
, a ideia de que quando lá estão tempo de mais criam redes de influências e de
amizades – de momento, que morrem quando se perdem, e não têm mais a dar em
troca – que não são nada benéficas para o nosso País.
Claro que não se vislumbra como mudar, dado que todos,
todos, convêm repetir e insistir partidos/movimentos continuam e continuarão –
para, estes, continuarem a existir – a funcionar exactamete na mesma. E tudo o
resto é conversa. Só conversa.
E, como os tais dinossauros, os tais que não deixam os
lugares, os tais que “andam sempre por aí” ao que parece – para além de terem
ganho a possibilidade de continuar eternizados/ candidatos – vão poder ganhar,
mas, e se não acontecer? Se perderem, o que vão fazer no dia seguinte, depois
de sempre por lá andarem e de lá não quererem sair?
Quem responde?
Augusto Küttner de Magalhães
Setembro 2013
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