terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A Praia do Meco, as praxes, a Língua de Camões, e a nossa arte de mal marear em terra firme


A Praia do Meco, pelas piores razões, tem andado nas bocas do mundo.

E não é pela etimologia de Meco que poderá levar-nos à libertinagem que lhe assiste e tem assento em qualquer dicionário da Língua de Camões.

A Praia do Meco, sepultura de seis jovens, leva-nos muito mais longe no mundo nacional do desnorte colectivo no que toca à arte de mal marear em terra firme. Porque, o que se pratica habitualmente, que tem o nome de praxe, está completamente desvirtuado de qualquer tipo comportamental de bom senso e de respeito pelo nosso semelhante.

E é por tal desregramento social, nem sei se Freud o saberia interpretar, que os representantes do povo têm praxado quase até ao último suspiro o mesmo povo que os alcandorou em todas as cadeiras do Poder.

José Amaral

in o PÚBLICO, de 5FEV2014

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