A Praia do Meco, pelas piores razões, tem andado nas bocas
do mundo.
E não é pela etimologia de Meco que poderá levar-nos à
libertinagem que lhe assiste e tem assento em qualquer dicionário da Língua de
Camões.
A Praia do Meco, sepultura de seis jovens, leva-nos muito
mais longe no mundo nacional do desnorte colectivo no que toca à arte de mal
marear em terra firme. Porque, o que se pratica habitualmente, que tem o nome
de praxe, está completamente desvirtuado de qualquer tipo comportamental de bom
senso e de respeito pelo nosso semelhante.
E é por tal desregramento social, nem sei se Freud o saberia
interpretar, que os representantes do povo têm praxado quase até ao último
suspiro o mesmo povo que os alcandorou em todas as cadeiras do Poder.
José Amaral
in o PÚBLICO, de 5FEV2014
in o PÚBLICO, de 5FEV2014
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