Tomei conhecimento que a ‘Colecção Miró’, composta por 85
quadros a óleo, guaches e desenhos, foi adquirida pelo BPN, de José Oliveira e Costa,
em 2006, a
um coleccionador japonês, por um montante que se desconhece.
Em 2007,
a Leiloeira Christie’s tê-la-á avaliado em 81,2 milhões
de euros, para mais tarde a reavaliar em 150 milhões, ainda o BPN era um banco
privado, coutada de privados vícios.
Porém, em Novembro de 2008, o BPN foi nacionalizado, mas
apenas no tocante aos seus lixos tóxicos.
Agora, a mesma Christie’s, talvez tendo em conta que a mesma
colecção de obras de arte de Joan Miró passou a ser pertença do Estado Português, apenas a
avaliou em 36 milhões de euros.
Assim, por mútuo acordo, a base de licitação de 36 milhões
de euros, caso a colecção fosse vendida, seria esse o montante a entregar ao Estado
Português, e o remanescente reverteria para os cofres da leiloeira.
A ser verdade esta rica tramóia, questiona-se a
transparência desta e de outras negociatas por parte dos membros do nosso
Governo, ou se ainda haverá alguém que dúvida se não estão somente ao serviço
do capital explorador, o qual pouco se importa que fiquemos sem pele e sem
nada.
José Amaral
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