Num trabalho jornalístico, publicado num dos jornais com
maior expansão nacional, foram dados a conhecer quais os melhores e piores
locais para se viver em Portugal.
E, mesmo numa análise não muito cuidada, logo se nota que Portugal,
para o Poder Central e para os mentores de todo este nosso anacrónico
existencial desnorte colectivo, só existe verdadeiramente ao longo do espaço
longitudinal desde a faixa atlântica até ao meridiano aonde passa a A1. O restante
território, a leste de tal paraíso e a sul do rio Tejo, como o ‘entendido’
Mário Lino houvera dito, é um autêntico deserto, complementado por paisagens de
sono no mais completo abandono, com gentes de muita idade, pouca nascença, num
quotidiano marasmo sepulcral.
Nos piores locais, segundo tal estudo, um deles toca-me
desde o nascimento, que é o concelho de Armamar que, tal como os piores
lugares, sobrevive com o que tem, à custa de muito mourejar dos locais que cada
vez são menos e aonde as forças vivas são, por tal não desiderato, um autêntico
fiasco e prenhes de nada.
Agora, graças aos alfaiates do Terreiro de Paço que no corte
e costura também são gente sem dedal, até o Tribunal foi de pantanas!
José Amaral
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