Os quadros de Miró, e o resto?
A cada dia que passa mais no apercebemos que este
nosso País, a continuar este rumo, definitivamente não tem conserto.
Para além das bandeiras na lapela dos casacos dos
senhores nossos ministro, o verdadeiro apego ao País e à População, não parece
de facto existir.
Sendo que, quanto às Oposições – todas, todas – o
retrato é idêntico – sem bandeiras na lapela, uns nem usam casaco – dado nunca
proporem, o que quer que seja, de forma não agressiva e fundamentada, com
segurança, com pés para caminhar. Não, limitam-se a opor-se. Ponto!
E mais uma vez, reagindo em cima do acontecimento,
podemos assistir a todo este circo com o leilão, não leilão, suspenso leilão
dos quadros de Miró do ex-BPN, e que nos ajudaria a diminuir qualquer coisita
na dívida. E termos mais folga, no aperto diário a que estamos sujeitos.
Mas não, andaram todos a criar mais espuma mediática –
tão em voga – explorada como é uso e costume pela nossa comunicação social,
tudo o que se relaciona com esta tema. Até outro surgir!
Entretanto tantas e tantas Obras de Arte, que
continuamos a “ter” - nossas - cá dentro e que estamos a pessimamente “manter”,
até tudo se desfazer. De norte a sul do nosso País temos Museus que não estão a
ser devidamente cuidados, bem como, todo o seu – nosso – espólio.
Temos Obras de valor a céu aberto, que estão em total
desleixo, e não é necessário dar exemplos, dado que todos, em cada localidade,
sabemos existirem. Basta querer olhar com vontade de ver.
Vendeu-se ouro de qualquer forma e feitio, mesmo que
de privados, mas que saiu do País, sabe-se lá para onde, nunca mais vai
regressar, o País empobreceu e nada foi fiscalizado, e quantas Obras de Arte
terão saído de igual forma. Não eram do Estado, eram dos Privados, mas se esta
colecção ficar arrecada num qualquer local o efeito é o mesmo, e não nos paga
despesas. E temos muito de público a recuperar, ainda, e, não são estes quadros
que farão a diferença.
Mas de repente por total falta de explicações do
Governo – usual! – e vontade de protagonismo das Oposições – normal – fica tudo
vidrado nos 85 quadros de Miró, que nos ajudariam a deduzir divida. E como com
o Eusébio, com as Praxes, com a chuva no Inverno e o incêndios nos Verão, tudo
na mesma no nosso País! Venha mais espuma, mais sensacionalismo, mais problemas
e menos soluções!
Augusto Küttner de Magalhães
(PÚBLICO DE HOJE)
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