Corria serenamente a década dos anos 50 do século passado.
E eu, nascido na década anterior, já estava sozinho a viver
na segunda maior cidade, o Porto, trabalhando de dia e estudando à noite.
Lia, sempre que podia, os jornais diários da cidade – o
Jornal de Notícias e o Comércio do Porto.
Frequentei o Clube Fenianos do Porto e o Ateneu Comercial do
Porto. E ia à Feira Popular que tinha lugar nos aprazíveis jardins do Palácio
de Cristal.
Também assisti ao nascimento da Televisão em Portugal.
A RTP, no Monte da Virgem, era algo de muito imponente para
a época. E tinha também escritórios da Rua dos Clérigos.
Poucos cidadãos tinham televisão nessa época. A grande
maioria dos citadinos, em família, aos Sábados, ia em romaria ao Café mais
próximo da residência, para passar o serão vendo televisão.
Então os jogos de futebol via eurovisão, ainda tudo a preto
e branco, eram vistos nos cafés pejados de clientes.
E gloriosos foram os dias em que o SLB passeou a sua fama
por muitos relvados da Europa e por outras paragens onde se praticava futebol
de alto gabarito, com equipas compostas por jogadores que eram somente a prata
da casa.
Apesar de não ser adepto do Benfica, vibrei imensamente com
os seus inolvidáveis feitos, em que MÁRIO
COLUNA , nessa altura, era o ESTEIO do meio campo encarnado.
E era fantástico vê-lo, jogar de cabeça, colocar
milimetricamente a bola nos companheiros da frente, onde mais tarde despontou o
fabuloso Eusébio.
Ao COLUNA, que ora partiu sem qualquer retorno físico, aqui
fica a minha pública e singela homenagem.
José Amaral
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