sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Os Partidos continuam a não assumir o País. ( com outro titulo)


Os Partidos continuam a não assumir o País. ( com outro titulo)


 

Estamos em 40 anos de Democracia e ainda não aprendemos a ser democratas. Talvez seja por, hoje, a adolescência acabar mais tarde, e assim aos 40 anos ainda continuamos adolescentes. Com as irreverências próprias destas idades!

Ou, então, tivemos anos a mais de ditadura e ficou-nos de tal forma entranhada, que não atinamos a viver em democracia, e achamos que devemos estar sempre do contra.

Como é evidente, em democracia, o direito e até dever de expressar livremente as opiniões, é um facto. E não ter de estar tudo de acordo com todos, é uma necessidade. Mas estar do contra, só por e para ser democrata, talvez seja de uma vez por todas, dar cabo da democracia.

Ou, talvez seja olhar para o interesse e sobrevivência do Partido, sem um mínimo de atenção pelo País. E, assim manter lugares nos Partidos, manter as estruturas a flutuar num País que se está a afogar.

Isto, é o que estamos a viver, e com o aproximar de mais umas eleições, agora para a Europa Desunida, lá estamos no usual folclore de estarem todos contra todos, e todos a fazerem o possível por se não entenderem. Não é de “bom-tom, fazer consensos”! Neste País!

Claro que isto é muito “bonito”. Claro que pode gerar, ainda, alguns votos, mas não fortalece a democracia, não vai aumentar os democratas e vai diminuir a participação nas eleições. A abstenção, que depois cada um justifica a seu jeito, vai continuar a subir.

E a “culpa” não é dos eleitores, mas sempre e cada vez mais dos que se apresentam a estes.

Ou mudamos de facto, ou apresentam-nos verdadeiras reformas do Estado, do País, com verdade, com realidade, com vontade de ter o País como objectivo único, e não o próprio Partido, ou vamos continuar a “ser mais do mesmo”.

Mas, com estes Partidos “isto” não parece mudar. Não há vontade e não há como fazer sair os instalados, que não se desinstalam.

Criar novos Partidos à imagem dos existentes, não resulta como já está a dar para entender.

Assim, vamos continuando a viver um tempo difícil, sem responsáveis nem responsabilizados e todos a dizer mal uns dos outros. Seja!

A. Küttner de Magalhães
DN 20.02.2014

Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.