Os portugueses, antes do 25ABRIL1974, viviam num acomodamento circunstancial de tempo à luz pardacenta de um cinzentíssimo instituído.
E, nesse tempo, o seu dia-a-dia, decorria num marasmo vivencial assente num Estado de Direito imposto por uma só facção política que governava e governamentalizava todo o Estado da Nação, consubstanciada na máxima do ‘orgulhosamente sós’.
Se vivíamos enquistados com múltiplas dores de criar bicho, ao serem abertos todos os horizontes de tudo vermos e de todos sermos vistos na demanda de novas opções sociais, a histórica Caixa de Pandora mandou a rolha para o espaço e todos os incontidos malefícios nela contidos foram derramados sobre os incautos e desprevenidos portugueses que tinham vivido anos a fio mergulhados numa noite escura sem qualquer espécie de clarear à vista.
Assim, mergulhamos de cabeça sobre o bem e o mal a que não tínhamos acesso, sem termos tido o bom senso de separarmos a tempo o trigo do joio, pelo que a seara com muitas mondas a destempo deu no que deu: sem cheta, e muito mal governados, foi tudo ‘pró maneta’.
E, metidos numa via sem quaisquer regras de trânsito, o estampanço tem sido uma constância diária.
Os nossos representantes na generalidade, e não na espécie que é uma minoria, a tudo de bom se aboletaram numa súcia cada vez mais escandalosa, enquanto nós, os contribuintes, pagamos todas ‘as favas ao dono’ para mantermos tais alimárias com vícios e benesses mil.
Portanto, está mais que na hora de deixarmos de acreditar em tanto conto do vigário e de não sermos mais os burros de todo este sistema que nos tem roubado anos a fio pelos mesmos aldrabões do regime.
Se nada fizermos, para alterar radicalmente esta situação de delapidação nacional a todos os níveis, passaremos a ser uma espécie de burrice instituída e muito agradecida pelos males que sobre si têm recaído.
José Amaral
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.