quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Afinal, a culpa de quem é?


Quando, justamente, se assacam culpas ao Poder Central pela má governação e por todos os desvios orçamentais, de imediato o Estado Papão faz incidir todos os seus deliberados erros esgrimindo com os incomportáveis gastos com o Estado Social, nomeadamente nos sectores da Habitação, da Cultura, da Educação, da Saúde, da Segurança Social e suas derivações de acção humanitária.

De seguida, os ferozes neoliberais que têm estado em todas as cadeiras do Poder mais não fazem do que deitar por terra todas as conquistas populares de 'abril' conseguidas a pulso e com muito sofrimento colectivo, enquanto tais verdugos do povo tudo fazem para se perpetuarem com benesses delapidadoras de todo o bem público, a fim de imporem um pseudo Estado Social cada vez mais privado e só para alguns, pelo que tudo têm feito para denegrir e tornar insustentável o SNS e tudo o mais que cobre ainda algum bem-estar social.

Os actuais governantes são uma espécie de ‘tios’ que dizem gostar muito dos seus ‘sobrinhos’, mas que com eles pouco se misturam, ou se o fazem, fazem-no no dia em que o ‘rei faz anos’, que coincide sempre de quatro em quatro anos, a fim de continuarem a ser os ‘tios’ e as ‘tias’ de Portugal, numa perpetuação de uma democracia de trazer por casa, para enganar os tansos de sempre – a turba enlouquecida que ainda vota e neles acredita, esquecendo-se ou não sabendo que ‘não é a política que faz o candidato virar ladrão; é o seu voto que faz o ladrão virar político’.

 Publicado no Jornal PÚBLICO de 17/02/2014

José Amaral

 

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