A questão da TAP ser
pública ou privada, não é uma questão de direita ou esquerda, embora seja
eminentemente política. Do lado deste actual governo de esquerda, a inciativa
da economia deve pertencer ao Estado. A inciativa privada será tolerada, desde
que seja pouco determinante e pequena. Numa segunda fase, será progressivamente
eliminada, para o Estado poder controlar tudo. Será o fartar vilanagem das
estruturas partidárias ligadas aos partidos do poder. Milhares de lugares para
militantes e amigos. A TAP, desde que um governo se motivasse unicamente
pelo interesse nacional, teria fatalmente de deixar de ser pública, para
estancar o sorvedouro de dinheiros públicos que tem sido durante as últimas
décadas. E tanto mais escabroso e obsceno, que esse esbanjar de dinheiros
públicos tem sido para apaziguar sindicatos e as suas milhentas greves. Ora eu
que estava tão esperançado que em ter uma TAP privada, com bons aviões,
horários a ser cumpridos, e agora vai voltar o descalabro que tem sido nos
últimos anos. É que a Inglaterra, a França, a Itália e outros países
desenvolvidos que privatizaram as suas companhias de bandeira, devem ser todos
estúpidos. Costa e seus coligados é que são inteligentes. E por fim, mas não
menos importante, este governo ao querer rasgar, em público, um contrato
livremente assinado semanas antes, está a dar um péssimo sinal ao
investimento estrangeiro. Não só denota falta de confiança e credibilidade nas
instituições portuguesas, como também uma secundarização do investimento privado.
O pior é que não será o dr. Costa a pagar isto, vamos ser todos nós,
contribuintes, a pagar com língua de palmo esta aliança do PS com partidos da
esquerda comunista.
O que falta a muitos responsáveis governamentais é o sentido de Estado e não se aperceberem que tem de haver respeito pelas decisões tomadas que envolvam o país. Se cada governo que surge anular os contratos feitos pelo anterior instala a "bagunça" e destrói a credibilidade que deve cimentar a sociedade. Quem adquiriu a posição de controlo da TAP não o fez por brincadeira e investiu muitos milhões. Vir com projectos de reverter o negócio não é de gente séria e quem não é sério não tem crédito para governar. Esta é a minha opinião e outros terão opinião diferente, mas julgo que todos querem, ou devem querer, o melhor para a economia portuguesa, porque já não aguentamos tanto imposto e taxas para pagar os descalabros da péssima governação que já tem décadas.
ResponderEliminarAbsolutamente, amigo Joaquim. Obrigado e um abraço.
ResponderEliminarEnquanto os grandes amigos do capital tudo fizeram para "despachar" as jóias da coroa ao preço da uva mijona, e se fosse preciso pagar para se livrarem das empresas até pagavam, como aconteceu com o BPN, agora que Portugal tem um Governo digno dessa designação, os que as pessoas que querem viver num país que se dê ao respeito esperam é que os abusos cometidos sejam corrigidos, e que todos os oportunistas que andem à procura de negociatas pensem bem que isso, em Portugal, foi chão que deu uvas...
ResponderEliminar