Se não fosse ele, teria sido outro. Mas foi ele, o
precocemente malogrado Steve Jobs, quem deu vida à Apple, e isso ninguém o
esquecerá nunca. Esquecido pela História, esse sim, há-de ser o inigualável
Donald Trump que, se não fosse tão desavergonhadamente rico, seria um palhaço,
sem ofender a classe circense, que me merece o maior dos respeitos. Qual a
ligação entre eles? Nenhuma, felizmente. Aliás, a existir, poderia ter sido bem
trágica, caso esse Trump tivesse satisfeito a sua desmedida ambição e, quem
sabe, ter conseguido arrastar atrás de si um Partido Republicano que, às vezes,
desvaria no chá das cinco, no alienado
Party a que dá guarida. Quem se lembra da “impossibilidade” de nomeação de
George W. Bush, no início das primárias americanas, já não descarta realidades
improváveis. A questão é que, sob a “batuta” de Trump, nunca o Steve “Apple” Jobs teria nascido nos USA,
pela simples razão de que o seu pai biológico, sírio, não teria lá entrado, por
imposição de uma “trumpice” qualquer, avessa a imigrantes muçulmanos, mesmo que
não praticantes. E lá ficariam os USA e o mundo ocidental privados de um
talento dificilmente igualável. Alegremo-nos, pois, por outros talentos
brilhantes, como o de Banksy, que, em arte polémica, eterniza (?), na “selva”
de Calais, com perecíveis sprays, um
daqueles Grandes que, por obras valerosas,
da lei da Morte já se libertaram.
Público – 15.12.2015
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