Hoje dia 29 de Dezembro, o Diário de Notícias comemora a bonita idade de 151 anos de existência, idade, esta que não é muito acessível a qualquer jornal sobreviver com tão grande longevidade. Conseguir sobreviver e sabido resistir, fase às diversas transformações que o País tem vindo a sofrer ao longo deste século e meio de vida. Por “culpa” única e exclusiva de dois homens muito ligados às letras, que nesse dia 29 de Dezembro do já longínquo ano de 1864, fundaram este jornal, tendo sido eles, José Eduardo Coelho que nasceu em Coimbra em 23 de Abril de 1835, tendo vindo a falecer na mesma cidade dos estudantes, em 14 de Maio de 1889, tendo sido então o primeiro director deste jornal até à sua morte. O outro foi Tomás Quintino Antunes, cujo objectivo da direcção era explicado (e passo a citar, o seguinte, retirado há alguns anos de uma publicação a que tive acesso) …”que o jornal visava um único fim. Interessar a todas as classes e ser acessível a todas as bolsas e compreensível a todas as inteligências…”, objectivo este que este o jornal tem vindo a seguir e a cumprir na íntegra ao longo dos anos em que sou leitor, há perto de uns 49 anos, onde tenho vindo já nestes últimos anos, (confesso porém, que já não sou tão assíduo comprador do jornal, e como tal seu leitor), mas nos dias em que compro, o Diário de Notícias, tendo vindo a aprender e acrescento mais e mais cultura e sabedoria, e, desde de menino e moço, logo após ter aprendido a juntar as primeiras letras e a saber ler, até aos dias de hoje, somente com um interregno aquando da minha presença em Angola, no cumprimento do serviço militar obrigatório.
Confesso, que em tempos foi o meu jornal da minha preferência e referência, pela sua total independência e total isenção e de fácil leitura e grafismo, onde nos dias que compro, procuro as boas e más notícias, que correm o País e o mundo. Assim espero continuar a deliciar-me com as opiniões de jornalistas sérios e autênticos profissionais.
Mas como leitor-escritor de cartas, só lamentando infelizmente o facto, de neste último ano a oportunidade dos leitores em darem as suas opiniões terem sido demasiadamente reduzidas, chegando mesmo ao ponto de terem mesmo cortado por completo o “bico” a alguns leitores, direi mesmo aqueles que se têm mostrado mais “assanhados” e descontentes com os cortes que os responsáveis do jornal resolveram fazer com a secção “Cartas dos Leitores”. Contudo mesmo assim quero desejar as maiores felicidades para todos aqueles que trabalham nessa casa. Desejo e espero como leitor, continuar a ter um jornal independente, isento, livre mas que infelizmente não tem sido ultimamente, o defensor dos direitos e de transmitir a verdade a todos os cidadãos, com honestidade de homens da cultura, como são e que fazem parte do quadro desse jornal, e que tornam possível a saída deste jornal.
Que continuem a dar “Voz aos Cidadãos” , no vosso espaço das “Cartas dos Leitores” que tanta falta faz ao povo, que aí têm assim a possibilidade única de dizerem de sua justiça e a serem ouvidos devido ao caminho que este País está infelizmente a ser traçado e a ser (des) governado, e dirigido, neste últimos anos por um bando de incompetentes, que têm vindo a levar muitos portugueses à total miséria social.
Mas no fundo perante esta minha revolta, que já manifestei directamente ao jornal ,fui como tal fui severamente banido, no entanto desejo contudo os meus sinceros parabéns pelos 151 anos de uma enorme persistência e força de informar os leitores com a independência, isenção que os seus profissionais sempre demonstraram, mas que em especial todos os leitores-escritores de cartas mereciam da parte deste jornal um maior respeito, pois são estes que quando compram diariamente este jornal são o suporte para a sobrevivência do Diário de Notícias...não se esqueçam.
MÁRIO DA SILVA JESUS
Caro amigo Mário Silva , como já deve ter reparado estive afastado deste blogue um bom tempo e por isso só agora li este seu texto. Por isso, embora tarde, receba os meus parabéns pelo mesmo . Aproveito para lhe manifestar a minha solidariedade , e repudiar também o seu afastamento do DN por imposição do Jornal. Aliás, nem eu poderia ter outra posição, pois também Tal como sabe, fui banido do DN. O que ´foi triste, foi não ter existido da parte dos nossos companheiros de escrita praticamente nenhuma reacção a esta censura encapotada aos leitores do DN. Por agora é tudo. Desejando-lhe um ano novo cheio de progresso, saúde e amigos.
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