Não consta, e o próprio afirma, de que Blatter seja
“profeta” e ao que sabemos também Michel Platini não é mágico. Mas que ambos
são alquimistas, disso, ninguém terá dúvidas. Agora que os Comités de Ética(!) da
FIFA e da UEFA, que funcionavam como laboratórios de transformação de Futebol
em Euros aos milhões, que entravam nos bolsos de cada um deles mais rápido que
um golo numa final internacional ganha em sorteio por concorrente suspeito,
estão suspensos, faltará provar como é que a alquimia funcionou durante tantos
anos e com que essências colaboracionistas entraram na fórmula. Para já o que
se sabe é que os milhões de euros que faziam as delícias e até punham Blatter a
fazer uns passos de dança ao imitar os nós de pernas de CR7, e Platini a pegar
numa enxada a mostrar-nos como se faz um buraco aonde enterrar a honestidade e
o comportamento ao nível de uma gestão responsável, e com um sorriso CEO à
Zeinal Bava, estão prestes a ter que correr por fora até chegarem a tribunal e
aí provarem a sua inocência e a não cumplicidade que os unia. Enquanto viveram
por dentro de tais Organismos que fazem mover fluxos financeiros de meter medo
à Rússia, e enquanto não foram reveladas as actividades sujas alegadamente praticadas
por ambos e demais colaboradores de 2ª divisão na hierarquia, tudo os tornava
em figuras respeitáveis até por governos de nações permissivas a aceitar golpadas.
As avultadas quantias que ambos os intervenientes “abicharam” nas suas
intervenções concertadas, eram de tal modo significativas, que somadas as
verbas de que dispõem clubes de futebol de segundo e terceiro plano em Portugal,
e até noutros países em pior estádio, não passam de trocos e é com esses
cêntimos que terão de gerir o seu futebol e as suas estruturas. Quer isto e
mais aquilo, dizer, que vivemos tempos em que anda meio mundo a sacar e a
saquear o mais que pode por entre práticas e regulamentos que não obedecem a
qualquer ética, enquanto a bola vai ao centro e de baliza a baliza, e de instituição
em instituição que mexa com “altos cargos e muito pilim”. Quer também
mostrar-nos como todos nós espectadores, estamos sempre fora de jogo, e nunca
vemos o crime a ser validado pela inércia de quem tem o poder, disto tudo
arbitrar, e supervisionar. Que nunca nos falte a bandeira e o cachecol, pelo
menos!
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