PÚBLICO
14.12.2015
Será que a campanha para as presidenciais, que graças ao
ainda actual ocupante de Belém — felizmente já por muito mais pouco tempo — só
agora de facto têm tempo para ir começando a dar os primeiros “efectivos”
passos, vai ser toda, unicamente, a bater em Marcelo?
Se for, de facto é capaz de ser muito, mas muito pouco. É
mais um tempo de crispação que estamos a viver neste nosso país, principalmente
desde os resultados de 4 de Outubro e com a demora exagerada do ainda residente
em Belém, de dar lugar legal e legitimamente ao Governo que hoje temos.
Mesmo que, evidentemente, tivesse de ter começado pelo que,
de seguida, caiu no Parlamento.
Mas esperar tanto, e ainda a agravar “o tempo”, quando as
eleições para o Parlamento já deveriam ter sido no primeiro trimestre deste
ano, foi muito mau. (...)
Quanto às presidenciais, esperemos que este cenário de
crispação e rancor não continue.
Se Sampaio da Nóvoa tiver espaço para representar algumas
ideias, todos os outros que querem ocupar o mesmo lado estarão a mais. Mas
compreende-se que o BE, nesta maré ganhadora das suas jovens/mulheres, queira
apresentar uma candidata, tal como o PC, que sempre o fez, para depois os retirarem
na fase final.
Quanto à outra senhora, que até teve um bom percurso de
vida, querer ser Presidente depois de ter defendido arduamente uma fracção que
caiu no seu partido, e ainda para mais apresentando-se na parte mais importante
das legislativas, o que pode ter prejudicado o próprio partido, é estranho, no
mínimo. Mas que tenha a sua sorte, e deixe de malhar em Marcelo!
Quanto a todos os outros, e independentemente das sondagens,
talvez fosse a vez de não estarem todos com a mesma cassete — como quem mais
fazia isso, e ainda vai fazendo, e muitos nos lembraremos —, sempre a fustigar
Marcelo. Talvez todos e cada um saibam “querer dar ideias” sobre o que deverá
ser a Presidência da República a partir de 2016, até para se recuperar para o
país, e para nós, população, uma instituição tão necessária num regime
semipresidencialista, e tão menos bem conduzida nestes últimos dez anos, com
especial incidência nos últimos cinco.
Não se pode nem deve — como tantos estamos, em tantas outras
áreas, a fazer — esquecer o passado, antes pelo contrário, mas temos de ir em
frente, fazendo ligações com esse mesmo passado.
Com ideias novas que sejam concretizáveis e que apontem
novos caminhos, que não serão, por certo, unicamente “bater em Marcelo, bater
em Marcelo” (...).
Augusto Küttner de Magalhães,
Porto
Por muito que batam em Marcelo, nenhum dos outros 9 candidatos consegue uma milésima parte da exposição publica que o candidato da direita, ( já sabemos que o Sr. Augusto desvaloriza o conceito esquerda/direita. Porque será?) como se sabe, já teve. Portanto, todos partem com uma enorme desvantagem.
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ResponderEliminarPois é Caro Augusto KUttner. O "catavento" Amigo do Passos Coelho e dos banqueiros. Esse é que é o Presidente ideal para a continuidade do regabofe da banca BPN,BES, Banif etc... E o povo vai aguentar. " ai aguenta, aguenta ! "
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