Paulo pulou
E agora? Será que temos que confiar na decisão do centrista rolante
Paulo Portas, que pulou fora do CDS/PP, que sabendo-se da firmeza sua e
da voz grossa com que entoa qualquer comunicado, embrulhado de agressividade,
na mistura aonde se mete sempre, ganha desta vez seriedade? Jamais será uma
decisão irrevogável, e que não mais imitará o movimento do caranguejo, neste
acto de abandono e de fuga, provocado pelo apagamento em que a derrota de 4 de
outubro de 2015, o fez cair? Será que o líder da direita com representatividade
indecifrável em eleições nacionais, constitui mais uma vitória de António
Costa, ou que ele sentiu o seu esvaziamento e até apagamento dentro do
parlamento, uma vez regressado à condição de terceiro plano enquanto deputado
de uma bancada parlamentar, sem visibilidade, já que o seu antigo parceiro
político, Passos Coelho, disso tratou ou viria a tratar, e Portas, conhecendo-o
nós, não interiorizaria tal representação ou papel de figurante na Assembleia
que lhe haveria sempre de parecer uma casa de comédia e de exílio, e ele feito
boneco na prateleira até ao fim da legislatura do actual Executivo? A desculpa
de 16 anos de reinado é suficiente para explicar ao mundo cristão-democrata
que são suficientes, fatigantes, e que justificam a fuga anunciada, quando
julgamos nós que o seu real fracasso/frustração, de acordo com a sua ambição, é
nunca ter atingido o patamar maior como 1º ministro e ter a certeza que nunca
tal acontecerá? E que trunfos tem na manga, para no day after que ele sempre esconde, vai pôr a andar por aí? Ou saberá ele que vai ter à perna
uma Justiça que quererá por certo ver esclarecidas algumas suas intervenções na
governança das pastas que arrastou consigo, enquanto ministro das fotocópias
sobre negócios? Nós povo, teremos ou não razões para levantar tais
interrogações, sobre este homem pouco fiável, mas um artista na contorção do
verbo, quer enquanto jornalista maldizente, quer como político na
chico-espertice e do oportunismo na hora certa, e com o parceiro vencedor mais
à mão? Questões que só o tempo virá a responder, e nos dará razão, ou fará de
nós um comentador pior do que ele foi, quando vendia banha-da-cobra por tudo
quanto é sítio, jornal, ou feira de bonés.
Já me constou que vai preparar caminho para a presidência da República, qual Santana Lopes, a quem um dia uma bruxa convenceu que o haveria de ser...
ResponderEliminarUm agradecimento à Céu protectora, por dar imagem graciosa e enfeitar o texto com maior "repercussão". Afinal esta vida é para alguns uma rica pandeireta, e a fazer dos outros, uns chocalhos!
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