sábado, 19 de dezembro de 2015

Não desista, senhora ministra! (Não faça como eu)

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Com as suas inteligentes medidas, a senhora ministra [1] conseguiu, por um lado, dar uma justificação aos maus professores para continuarem a ser maus e, por outro, desmotivar e desmobilizar completamente os bons professores que agora se arrastam pelas escolas, maldizendo a sua vida e todas as horas que dedicaram à escola. Ninguém consegue ser bom professor se estiver psicologicamente em baixo. E hoje só um imbecil é que consegue manter a auto-estima em alta com esta ministra. Mas um imbecil não é, obviamente, um bom professor.
Eu, pessoalmente, para salvaguarda da minha saúde mental e por respeito a mim mesmo, já pedi licença sem vencimento de longa duração, depois de 25 anos de ensino e de 25 anos a escrever (ingloriamente) sobre a educação.
Os meus colegas mais optimistas acreditam que a senhora ministra, apercebendo-se do actual estado da Educação em Portugal, resolveu arranjar uma equipa ministerial, não para reformar o sistema, mas para o fazer ruir de vez. Se for assim, já cá não está quem falou e só me resta pedir-lhe uma coisa: não desista, senhora ministra! Mais um esforçozinho e o edifício vem abaixo!
Setembro de 2006
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[1] Com a chegada de Maria de Lurdes Rodrigues ao ministério da Educação, a irracionalidade sucedeu à  incompetência neste ministério. Razão por que decidi abandonar, de imediato, a profissão que amava, quer para preservar a minha saúde mental, quer por respeito a mim mesmo, aos meus colegas e aos meus alunos.

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