domingo, 20 de dezembro de 2015

Política a murro

Neste momento, não podem ser conhecidos, ainda, os resultados das eleições em Espanha, pelo que, caso o PP venha a tornar-se o partido mais votado, nunca saberemos quantos votos arrecadou à conta do infeliz gesto do “miúdo” que o agrediu em Pontevedra. Seja como for, pelas imagens breves que as televisões exibiram, há uma evidente violência no murro desferido e, descontados os arroubos de juventude do rapaz, é impossível não lhe atribuir uma dose de revolta muito forte. As políticas de austeridade que foram aplicadas por essa Europa fora poderão, em parte, explicar - que não justificar - os excessos praticados por uns e imaginados ou desejados por muitos outros, sobre os “culpados” mais visíveis das frustrações e dos cortes que lhes impuseram, muitas vezes com insensibilidade social, sob a capa da falta de alternativas. Talvez os jovens sintam mais, na periclitância do seu futuro, as ameaças a que os desfavorecidos têm sido sujeitos e, de “sangue na guelra”, extravasem os estados de alma que, valha a verdade, não podem ser muito positivos. Mas o que não podemos deixar de pensar é que, daquele gesto irreflectido (ou não?), poderá ter beneficiado justamente quem se queria punir, neste caso o sr. Rajoy. Os mais velhos estarão seguramente bem lembrados de Mário Soares na Marinha Grande!     

1 comentário:

  1. Uma teoria de conspiração pode justificar que aquele acto foi "contratado" pelo "staff" do político precisamente com o objectivo de o vitimizarem na mira de mais votos. Como quer que tenha sido, se foi o rapaz o autor e executor da "pêra", teria feito melhor ter-lhe atirado uns quantos ovos podres, bem fedurentos, de forma a que o "gajo" ficasse com aquele aroma por muito tempo...

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