sábado, 19 de março de 2016

Speedy Albuquerque

Não sou rancoroso, não costumo retaliar com quem me faz mal e, por isso, desejo que a Dra. Maria Luís Albuquerque tenha as maiores venturas no seu futuro pessoal e profissional. A sua recente nomeação – de que, curiosamente, já ninguém fala - para um altíssimo cargo (não executivo!) de uma associação financeira com quem negociou assuntos do Banif e que, não sendo de malfeitores, vive e enriquece do esbulho alheio, caiu-me muito mal. O meu estômago não aguenta tudo, embora já devesse estar habituado a digerir o vício que alguns políticos têm de vir a colher os lucros, após uma governação de “parcas” remunerações. De facto, o bom é ser “ex-ministro”, não obstante o penoso aborrecimento que é ter de ser, antes, “ministro”. Amiúde, interrogo-me mesmo sobre os sítios aonde iremos encontrar fulano, ministro ou secretário de estado, alguns anos depois de abandonar o serviço público, mas nunca pensei que esta senhora fosse tão rápida. A ex-ministra, ainda deputada, disse que nada há de ilegal na aceitação do cargo e, disso, não tenho dúvidas, lembrado que ainda estou do “socialista” Pina Moura, provavelmente o “inventor” da solução milagrosa que compatibilizou o incompatível. O problema é que, para os portugueses, neste caso, não basta a palavra da ex-governante. O que convinha era que todos nós pensássemos que não só tudo é legal mas, sobretudo, ético. 

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