Recordei de uma história que ficou conhecida em Dezembro de 2009...
Aconteceu uma semana antes do Natal. Ainda a tempo de passá-lo com a mãe que nunca desistiu!
O norte-americano Bain esteve preso 35 anos, condenado a prisão perpétua por um crime que não cometeu. Que não cometeu. Passou 35 anos a repetir que estava inocente. Quantas vezes 35? Histórias como esta acontecem, não são ficção. A Justiça não só é cega como também é surda. O tribunal não ouviu o homem uma única vez e, por isso, à custa de tanta repetição, a voz de Bain extinguiu-se. Tanto foi assim, que Bain recorreu a várias formas de chamar a atenção: na última vez que compareceu a tribunal usou uma t-shirt com a inscrição not guilty. Não fossem os testes de ADN, James Bain iria passar mais um Natal longe da mãe, e acabaria por cumprir a insuportável pena que lhe calhou por um grande azar. Não é que tinha características idênticas às do verdadeiro culpado? Disse que «não está zangado e que a sua fé o ajudou». Mas não há indemnização milionária que possa apagar os erros da Justiça e compensar 35 anos tirados a uma vida.
Não é preciso ir tão longe buscar o exemplo. Em Portugal isto é o pão nosso de cada dia tendo em conta que os tribunais se transformaram em autênticas roletas russas.
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