A estação de comboios
na Índia.
"(…)
Agora vejamos a estação. Diríamos que nas estações se descobre a capacidade que
os indiano têm de transformar qualquer ambiente suficientemente amplo num
templo, entendendo por templo um lugar em que a transcendência pode ser
indiferentemente representada quer por Xiva quer pelo horário dos comboios. Os indianos nas estações não parecem estar à
espera do comboio; a coisa mais importante parece ser não a chegada do comboio
mas sim estar na estação. (…) Em suma, exactamente como nos templos, nos quais
não se reza, vive-se".
In “Uma ideia da Índia” de Alberto
Moravia Ed. Tinta da China 2008
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