terça-feira, 16 de abril de 2013

Trabalhadores do Estado continuam a pagar a crise!

Vêm aí restruturações, «poupanças» e ajustamentos. Leia-se, mais cortes e recortes. Os trabalhadores do Estado, vão continuar a ser muito penalizados. As diferenças dos regimes laborais entre Funcionários Públicos (FP) e os trabalhadores do sector privado, quase não existem. As categorias mais baixas e as mais altas, recebem menos do que no privado. Passos Coelho comprometeu-se perante a troika, convergir o público e o privado em matéria laboral e pensões, com uma tabela salarial única. Mais uma medida a nivelar por baixo: Reduz salários e pensões; reduz direitos laborais; volta a diminuir prestações sociais. Os FP estão há pouco tempo a “digerir” o aumento da idade da reforma para 65 anos e voltarão a sofrer novo aumento para 67 anos de idade. Reformam-se de bengala ou à beira do caixão... Medidas sempre tomadas contra os trabalhadores, procura-se só e apenas, reduzir –ao máximo- os direitos do trabalho, sem cuidar da transparência e eficiência da Administração Pública. O (des)Governo vai despedir significativos milhares de FP, a começar nos Assistentes Operacionais (ex-Auxiliares).
Um exemplo: as Escolas estão a funcionar no limite com estes FP no ativo e com despedimentos, muitas “encerrarão” e funcionarão deficientemente por falta de efetivos. É verdade que o Estado recorre cada vez mais a trabalhadores com contrato a termo ou em regime de prestação de serviços, para ser servido só quando convém. Também aceita estagiários sem nenhuma remuneração. Estes pagam para trabalhar(!), pois nem um modesto subsídio recebem para comer uma sopa... Aqueles e estes são descartáveis. Quando não fazem falta, manda-os engrossar as filas do Centro de Emprego...

Há alguns anos que os FP têm contratos individuais de trabalho, passíveis de mobilidade e despedimento. É uma mentira dizer que Portugal tem FP a mais e quantos menos tiver, pior o Serviço Público. Quando é que o Executivo percebe que é na despesa parasitária que tem que cortar cerce? Cerce! Dos juros da dívida às transferências para o BPN, passando pelas PPP, rendas do sector energético, etc. etc. Quando é que haverá uma módica medida favorável a quem trabalha?
Vítor Colaço Santos

1 comentário:

  1. Quando se atenta na (des)governação deste país, da qual a maioria de nós andou bastante distraída, verifica-se que a equipa governamental não tem a mínima noção do que está a fazer. Recebeu um enfermo e não tem o conhecimento profundo das doenças nem da forma de tratá-las. E isso, para além de ser irresponsável, é um trilho que está a levar o país à ruína. Infelizmente não se prevê que outros políticos que estão na calha sejam diferentes. O afundamento do país começou há décadas e nós deixámos a coisa correr, como se não nos dissesse respeito. Agora todos se queixam e não encontram ou propõem alternativas aceitáveis. Estamos numa encruzilhada muito difícil e o trabalho é o de apagar o fogo e não apenas discutir quem o lançou.

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