Quando o Estado, com erradas políticas económicas, se transforma numa máquina contributiva de desemprego gerando pobreza, fome, medo e atirando o futuro das pessoas para lá da incerteza, a resposta deve ser coletiva, consubstanciada também no protesto democrático organizado. Como confiar neste Estado que tudo nega, o que ontem tudo prometeu? Como honrosas exceções salvam-se: Baptista Bastos, Miguel Real, Mário de Carvalho, Clara Ferreira Alves, Daniel Oliveira, José Gil, Boaventura Sousa Santos e pouco mais, dos intelectuais que podiam e deviam fazer-se ouvir na defesa da democracia e do Estado Social e porventura apontarem caminhos alternativos. Abdicaram de tomar posições públicas! É pena. O PR, ao dizer que não há alternativas à atual situação política e económica, relembra Salazar que também dizia não haver alternativa ao Estado Novo(!). Existem e existirão sempre, desde que o programa e objetivos não estejam sintonizados para os mesmos do costume. As diferenças sociais em Portugal são das mais acentuadas da Europa comunitária. Assistimos à derrocada das fundações da democracia social, a seguir vem a democracia política, sendo que a existência de instituições supranacionais sem controle democrático vão-se instalando... Ouvimos (incrédulos) da boca da sra. Merkel:« Os Estados têm de estar preparados para ceder em questões de soberania». Podia ter dito logo: A Alemanha é que manda! Este caminho de hegemonia alemã já conduziu a duas guerras – perderam! “A” III guerra (económica) está em marcha. Desta vez o que sucederá? Está tudo à vista, para quem quer ver.
Vítor Colaço Santos
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