Na Cidade que alberga o Coração de D.
Pedro, herói de Portugal e do Brasil, ícone da mui nobre e Invicta capital do
Norte, Marisa Monte fez vibrar em uníssono, os corações da multidão que esgotou
o Coliseu do Porto, ontem, na véspera do 25 de Abril. Foi ela e essa Tribo de
indefectíveis amantes da boa música, espalhados por todo o Mundo, e que ainda
hoje se recordam das letras e músicas do
memorável Trio de Tribalistas, compostos por Marisa, Carlinhos Brown e Arnaldo
Antunes.
Que não estiveram, mas estiveram
presentes, através das canções que fecharam o Concerto e nos rememoraram como
fomos imensamente felizes ao ouvir “ Já sei namorar” ou “ Eu não sou de
ninguém”. Às vezes, na Música como em tudo o que fazemos, as ausências tem uma
profunda presença- como lembrou a artista ao recordar, através de um belíssimo
Hino cantado e popularizado por Cássia Heller, escrito por ela, Carlinhos Brown e Nando
Nunes, a amiga falecida precocemente.
O Público do Norte mostrou a
generosidade que é habitual sempre que os artistas que ama, e são muitos do
outro lado do Atlântico, se entregam totalmente. Marisa de vestido branco,
esguia, elegante, passeava pelo Palco como se estivesse nas nuvens, elevando
essa voz que, ( só um Deus grandioso),
lhe poderá ter dado.
A abrilhantar a noite, literalmente,
do ecrã colocado atrás da Banda – e que Senhora Banda estava ali !!! – e de
Marisa, surgiam obras e imagens criadas por vários designers brasileiros –
entre outros, Luís Zerbini, José Damasceno ou Jonathas de Andrade . Arte que abraça a Arte, numa pulsão de Amor
que tomava conta de todos nós, de olhos arregalados perante tanta Luz.
E que dizer de “ Amor I Love you”,
primeiro dos encores, essa canção que
significa tanta coisa para tantas gerações que viram nascer e frutificar o amor
? Como são poderosos esses versos, como
a Poesia nutre a Música, a alimenta, a fortalece !!!!
A noite de 24 de Abril para 25 de
Abril, acabou já, simbolicamente, no Dia da Liberdade. A cidade do Coração de
D. Pedro foi arrebatada pela energia carioca de Marisa e todos os corações
pulsaram , mais fortes do que nunca, ao
som ritmado dos acordes da paixão.
R. Marques
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