E o mais sintomático foi ouvirmos um ‘pobre’ taxista queixar-se de ter deixado de mensalmente facturar mais de dois mil euros à ARS/Norte, pelo que tais rombos feitos ao SNS em casos análogos rondam cerca de 200M de euros/ano.
Depois de tantos adiamentos e imensos gastos públicos, o ‘charuteiro’ público número um de Oeiras comemorou o 39º aniversário da Revolução de Abril a ver o ‘sol aos quadradinhos’.
E, nas cerimónias concelhias protocolares ao 25 de Abril, foi o seu número dois, Paulo Vistas, que as liderou.
Portanto, pelo menos num local de Portugal, nas vésperas do Dia da Liberdade, a justiça cumpriu-se, nas sendo ‘vistas’ reminiscências do outro passado de antanho do ‘quero, posso e mando’ e nada (lhes) acontece, ou será que os capangas o virão libertar?
O sangramento continuado feito a Portugal à custa da sociedade mais frágil que o compõe continua de ‘vento em popa’, mesmo que os desmandos (eufemismo de roubos) sejam não apenas públicos (mas neles se repercutem), mas, no caso vertente, apesar de serem praticados na esfera do privado, continuam a ser também altamente lesivos e moralmente criminosos.
Vem ao caso a notícia vinda a público através de um correio matutino de Lisboa sobre o que se passou no seio da última administração cessante do ‘saqueado’ Millennium BCP, em que três dos seus administradores/gestores sacaram a descoberto (se aboletaram) a astronómica quantia de 3,5M de € a título indemnizatório.
Em face do exposto, candidamente perguntamos: o que se passa com os nossos representantes ao mais alto nível do Estado de Direito, bem como ao silêncio infernal das bases que os sustentam, ao deixarmos (todos) que uns poucos (que já são muitas alcateias) roubem tanto o que nunca foi deles?
O que acho interessante é que se ponham contra os que trabalham. Facturar 2000€ num mês, tendo a seu cargo o desgaste do carro, garagem, combustível, seguro, selo IMT, etc e, naturalmente sustentar a família, merece reparo como se isso fosse algum maná. É preciso ser mais rigoroso na análise dos problemas que afectam os nossos concidadãos. Doutra forma instala-se o caos e seja o que Deus quiser.
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