terça-feira, 23 de abril de 2013

O funeral da minha televisão


Mudinha da Silva jazia no seu canto de sempre há quase um mês. Lembro-me bem...ouvi a Via Sacra, não vi a Via Sacra (Roma). A minha televisão, com aquela avaria, tinha-se transformado num rádio.
Hoje, finalmente, fiz-lhe o devido funeral: enrolei os fios, peguei nela, desci as escadas, pousei-a no chão junto ao carro e depositei-a na mala. Voltei ao lugar onde sempre esteve e retirei a toalha e a mesinha redonda sobre as quais viveu e trabalhou, durante muitos anos.
Não tenho, nem terei saudades. Se depender de mim, o lugar que ela ocupou jamais será preenchido por outra.
Bendita avaria.

3 comentários:

  1. A imagem da televisão que é apresentada, faz-me recuar umas dezenas de anos, quando no Palácio de Cristal no Porto, foi apresentada pela primeira vez uma transmissão em direto do que estava a ser passado no interior de um pavilhão e dada a possibilidade ao imenso público que se encontrava no exterior de ver o que aí se passava.
    Comparando esses tempos e os avanços tecnológicos entretanto conseguidos nesta como em outras áreas é de se ficar sem voz.
    Bom seria que os avanços humanos tivessem atingido um grau de desenvolvimento, pelo menos de 10% do que atingiram os avanços tecnológicos.
    Estaríamos num mundo extraordinário de humanidade, pleno compreensão respeito, tolerância.
    Estaríamos naturalmente no Paraíso.

    ResponderEliminar
  2. No mundo da televisão nem tudo é mau! Cabe-nos escolher o que ver e o que ignorar. É certo que os programas bons não abundam mas ainda há algumas honrosas excepções que me fazem gostar da televisão cá de casa. E quem tem a possibilidade de vaguear pelas televisões alheias (do outros países, entenda-se!) vemos que... o panorama é geral! No entanto, reconheço que me faz mais falta a internet do que a televisão :)

    ResponderEliminar
  3. Seria bastante interessante e curioso pensar porque é que em qualquer sala de espera deste País, seja de um consultório, sala de espera em hospital, atendimento em serviços públicos ou privados, temos um aparelho destes sintonizado invariavelmente na TVI ou RTP. Por norma, e tendo em conta os horários e programação, levamos com aqueles programas incrivelmente fastidiosos e infinitos onde se fala sobre tudo e sobre nada. Qual o efeito disto em nós, seres pensantes e emocionais? Parece a ditadura da Televisão. Que diria George Orwell?

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.