segunda-feira, 22 de abril de 2013

Quero ser comentadora da TV

 
Declaro, desde já, que não quero remuneração de qualquer espécie.
Como devo fazer para ser comentadora da TV e transmitir as minhas análises do ponto de vista de uma idosa com anos de emprego, trabalho, alguma prática de desporto e voluntariado?
O número de“comentadores” é assustador. Como é que existem tantos palradores que nos enchem os programas de TV e rádio, a maior parte deles sem qualquer consequência se não palavras ao quilo.
As ideias, as informações (?) só de muito poucos, mas mesmo muito poucos têm qualquer interesse. A grande maioria fala, fala mas só semeia angústia, baralhação e distorções da realidade.
Há muitos anos, que pessoas da direita e da esquerda politica, começaram a esclarecer os erros que os nossos governantes em exercício - eleitos democraticamente, é verdade, mas por pessoas distraída e formatadas - estavam a implementar no nosso País. Mas essas informações, com muita habilidade, foram e estão a ser silenciadas e desvalorizadas pela maior parte da comunicação social.
É por isso que quero ser comentadora da TV para ir informando dos problemas das donas de casa, da existência de empregos que podiam e deviam ser preenchidos, da importação (dinheiro que sai) de supérfluos, dos gastos dos gabinetes dos senhores ministros… Apenas de coisas pequenas.
 

(Público, 22-4-2013)
Maria Clotilde Moreira

2 comentários:

  1. O haver muitos comentadores de televisão e rádio tem a ver com a concorrência entre as diversas estações, quer de TV quer de Rádio.
    Se estivermos atentos verificamos que a grande originalidade e aquilo que destaca umas estações das outras e o que as torna extremamente apelativas aos espectadores e aos ouvintes. O que é motivo de grande angústia para os mesmos pois que dificulta sobremaneira a escolha, sendo o programa, desta estação tão bom e o da concorrência a inda melhor.
    Qual escolher?
    Peço desculpa se estou a criar alguma confusão.
    Na realidade quando um começa a falar de “ feijões “, todos os outros infalivelmente entram na “ feijoada “.
    Quanto aos comentadores, se falam muito e dizem pouco, também isso pouco importa.
    O que importa é que sendo pagos à palavra,( assim parece e com o agravante do mau exemplo que dão aos nossos jovens, pela forma pouco democrática como se atropelam uns aos outros, não respeitando cada um a sua vez ) quanto mais “ palavreado “ mais €.

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  2. Os comentadores são sempre os mesmos, ou os que proclamam e defendem o mesmo tipo de ideias e de sociedade. Hoje apenas encontramos políticos, no activo ou na reserva, a expandir os recados dos partidos que os alcandoraram a posições de destaque no meio social.
    Quem não tiver cartão ou merecer a confiança partidária não tem lugar nos órgãos de comunicação social, quer como comentador, quer como convidado. É a pescadinha de rabo na boca. Favores com favores se pagam. E só um vendaval nos poderia livrar disto.

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